Tem medo do tamanho de "Guerra e Paz"? Não sabe por qual autor começar? Calma, a gente te mostra o caminho.
Para não cair de paraquedas em histórias de mil páginas, leia sobre a época em que elas se passam. As Guerras Napoleônicas, a Revolução Comunista e o fascínio da burguesia pela cultura francesa marcaram os autores russos dos séculos 19 e 20.
Se você não está habituado a calhamaços, aqueça com contos (como O Nariz, de Gogol) ou novelas (A Morte de Ivan Ilitch, de Tolstói). Vale focar também em períodos que te interessam: se seu negócio é Revolução Russa, uma boa é Doutor Jivago, de Boris Pasternak.
As histórias russas não são mais complexas que uma série épica da Netflix, mas podem assustar pela quantidade de personagens (ou pelos seus nomes complicados). Anote conforme eles forem apresentados ou use um guia de personagens disponível na internet.
Antigamente, obras russas eram traduzidas indiretamente, usando edições francesas. Hoje, dá para escolher boas traduções diretas do russo, que preservam o conteúdo original. Notas de rodapé, apêndices e listas de personagens complementam (e facilitam) a leitura.
Todo nome russo tem três partes. A do meio, denominada patronímico, se refere ao pai. Um exemplo: Vladímir (prenome) Ivánovitch (“filho de Ivan”) Golovin (sobrenome).
O patronímico termina, normalmente, em -ovitch, -evitch ou -itch para os homens e em -ievna, -ovna ou -itchna para as mulheres. O sobrenome também pode mudar conforme o sexo.
Em conversas informais, os patronímicos são reduzidos: Nikolaievitch, por exemplo, vira Nikolaitch. E há apelidos, como Vova para Vladímir. Saber disso ajuda a navegar pelos livros.
Para saber mais, leia o livro Como Ler os Russos, de Irineu Franco Perpétuo. E busque autoras como Nadiêjda Khvoschínskaia e Liudmila Petruchévskaia. Nem só de homens vive a literatura russa.
super.abril.com.br
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