Ele é o mais poderoso já construído, vai transformar a forma como estudamos astronomia e poderá (quase) enxergar o começo do Universo.
O James Webb é um dos projetos da Nasa mais aguardados das últimas décadas. Foi idealizado em 1996 e ,desde então, recebeu um investimento de cerca de US$ 10 bilhões.
O nome é uma homenagem ao americano James Edwin Webb, o segundo administrador da Nasa. Ele comandou a agência entre 1961 e 1968, quando rolaram os projetos Mercury, Gemini e parte das missões Apollo, que culminaram com a chegada do homem à Lua, em 1969.
O lançamento do telescópio aconteceu em 25 de dezembro de 2021. Ele decolou a bordo de um foguete Ariane 5, da Agência Espacial Europeia (ESA), a partir de uma base na Guiana Francesa.
O telescópio vai detectar radiação infravermelha que viajou no espaço por 13,6 bilhões de anos-luz. Assim, poderá investigar eventos que aconteceram logo após o Big Bang, observando como eram algumas das primeiras galáxias e estrelas.
Com ele, os cientistas vão estudar como galáxias e sistemas planetários surgiram e evoluíram. Será possível também observar todo tipo de objeto cósmico distante.
Com um espelho principal de 6,5 metros de diâmetro, o James Webb é grande demais para caber em um foguete. Por isso, ele viajou dobrado ao espaço e se desdobrou lentamente até atingir sua configuração final.
A configuração do telescópio no espaço envolveu procedimentos automáticos, como a ativação de painel solar e antena para comunicação com a Terra. Já outros foram feitos por cientistas, como o ajuste de diferentes estruturas para o seu funcionamento.
Enquanto o Telescópio Espacial Hubble orbita a Terra, o James Webb vai orbitar o Sol. Ele ficará a 1,5 milhão de quilômetros de nós, alinhado com a Terra enquanto ela se move ao redor do Sol, no chamado “segundo ponto de Lagrange” (L2).
No L2, as forças gravitacionais da Terra e do Sol se cancelam, então um objeto pode ficar “estacionado” e permanecer por ali sem muito esforço. É o caso da sonda espacial WMAP da Nasa – e também será o caso do James Webb.
O James Webb Space Telescope (ou JWST, sigla oficial do telescópio) ficará em órbita no ponto L2 até o fim de suas atividades, daqui a cinco ou dez anos, quando ficará sem combustível.
super.abril.com.br
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