Oppenheimer: 8 fatos sobre a vida do cientista 

O homem por trás da bomba atômica gostava de poesia, era poliglota e foi acusado de ser um espião comunista. Confira. 

 Oppenheimer: 
 8 fatos sobre a 
 vida do cientista 

Robert Oppenheimer tinha facilidade para aprender línguas. Além do inglês, ele falava francês, latim, alemão, grego, holandês (que aprendeu para dar aulas no país) e sânscrito, uma língua ancestral indiana. 

 1 - Poliglota 

Interessado em filosofias orientais, o cientista aprendeu sânscrito para ler o Bhagavad-Gita, texto sagrado do hinduísmo, na versão original. É de lá que vem a frase “agora me tornei a Morte, o destruidor de mundos”, dita por ele num documentário em 1965. 

 Destruidor 
 de mundos 

Poesia era um dos hobbies de Oppenheimer. O cientista era fã do poeta inglês John Donne (1572-1631). Tanto que batizou o teste da bomba atômica de "Trinity" – nome de um dos poemas de Donne.

 2 - Amante 
 de versos 

Enquanto fazia química em Harvard, Oppenheimer passava a maior parte do tempo estudando em seu dormitório. Ele se entupiu de aulas e se formou em três anos (em vez de quatro).

 3 - Estudante   introvertido 

Nessa época, sua dieta consistia basicamente de cerveja, chocolate e torradas com pasta de amendoim. A alimentação do físico nunca foi muito saudável, diga-se. 

 O terror do   nutricionista 

Durante sua pós em Cambridge, no Reino Unido, Robert descobriu
ser um desastre na física experimental, com sucessivos erros no laboratório. Frustrado, ele
passou a exibir comportamentos autodestrutivos e sinais
de depressão. 

 4 - Problemas 
 emocionais 

Certa vez, durante uma de suas crises emocionais, Robert encheu uma maçã com produtos químicos e a deixou para seu tutor, Patrick Blackett. Ele não comeu, mas Oppenheimer foi descoberto – e passou a ter consultas obrigatórias com um psiquiatra. 

 Fruto   proibido 

Depois do doutorado, ele passou a dar aulas em duas universidades na Califórnia. Só que, como professor, ele era um ótimo físico: sua didática era péssima, e só um aluno de sua primeira turma chegou ao final do curso – ele precisava dos créditos.

 5 - Ao mestre, 
 com carinho 

Com o tempo, Oppenheimer pegou o jeito e passou a atrair cada vez mais estudantes. Os mais próximos o chamavam de “Oppie”. Não raro, recebia alunos em casa para orientações – e festas cheias de álcool. 

 A prática leva 
 à perfeição 

Em 1953, Oppenheimer foi acusado de ser um espião. O cientista tinha relações com a esquerda americana, mas nenhuma aproximação com a URSS. Porém, em época de Guerra Fria, o boato foi levado a sério.

 6 - Comunista,   só que não 

Em um julgamento, ele perdeu todos os vínculos com o governo. Sentindo-se humilhado, optou por um estilo de vida mais recluso. Quando páginas da audiência vieram a público, em 1962, ficou óbvio que ele não era um espião.

 No olho da rua 

Nos anos seguintes, esforçou-se para alertar as pessoas sobre o perigo do que havia criado: deu palestras, entrevistas e lutou para a criação de um acordo internacional de regulação das armas nucleares. Oppenheimer morreu em 1967, aos 62 anos, de câncer do pulmão.

 7 - Arrependido? 

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