Ganhar um Oscar já é uma grande conquista, que te coloca em um clubinho bem exclusivo. Mas ganhar a estatueta e, de quebra, um Nobel, é para pouquíssimos.
Apenas seis vencedores do Nobel foram indicados ao Oscar – e só dois ganharam. Todos levaram o Nobel em Literatura, o que faz sentido – pelo menos até que físicos, químicos e médicos decidam tentar a sorte na sétima arte.
A carreira literária do dramaturgo irlandês demorou a deslanchar. Por anos, seus manuscritos eram recusados por editoras. Teve mais sorte num jornal, onde passou uma década escrevendo colunas, resenhas literárias e críticas de arte.
O Nobel veio em 1925 e o Oscar, em 1939, ao lado de outros três autores. O prêmio de Melhor Roteiro Adaptado foi pelo filme Pigmalião, adaptado de sua peça homônima. Conta de um professor que tenta transformar uma pobre florista em uma dama da alta sociedade inglesa.
Um dos mais respeitados autores americanos do século 20. Venceu o Prêmio Pulitzer em ficção por As vinhas da Ira (The Grapes of Wrath), história que acompanha uma pobre família de agricultores nos EUA na época da Grande Depressão.
Steinbeck venceu o Nobel de Literatura em 1962. Apesar de nunca ter conquistado um Oscar, não faltaram indicações. Foram três, todas por roteiro original: Um Barco e Nove Destinos (1944), A Morte de uma Ilusão (1945) e Viva Zapata! (1952).
O filósofo francês é um dos intelectuais mais lembrados do século 20 por suas obras existencialistas, pela sua atuação política e, claro, pelo seu relacionamento de mais de 50 anos com Simone de Beauvoir, autora de obras fundamentais do feminismo.
O que pouca gente sabe é que Sartre, que levou o Nobel de Literatura em 1964, quase venceu um Oscar. Alguns anos antes, em 1957, ele concorreu em uma categoria que nem existe mais: Melhor História por
Os Orgulhosos (1953).
O importante dramaturgo britânico, publicou, ao longo da vida, peças de teatro, romances, poemas e roteiros de cinema. Um dos líderes do “teatro do absurdo”, suas obras eram marcadas por situações inesperadas e técnicas de narrativa experimentais.
O Nobel veio em 2005. Devido a complicações de um câncer no esôfago, ele não pôde comparecer à cerimônia de entrega. No Oscar, foi indicado duas vezes, ambas na categoria Roteiro Adaptado, por A Mulher do Tenente Francês (1981) e Traição (1983), adaptação de sua peça homônima.
Imagina ser primo de Dylan e precisar lidar com as comparações injustas que seus parentes fariam entre você e um dos maiores letristas da história, detentor de Grammy, Pulitzer, Nobel (entregue em 2016), uma Medalha Presidencial dos EUA – e
um Oscar.
O seu Oscar veio em 2001, na categoria de Melhor Canção Original por "Things Have Changed", música composta para o drama Garotos Incríveis (2000). O cantor bateu os artistas Björk, Sting e Randy Newman (compositor de vários filmes da Pixar), que também
concorriam no ano.
Nascido no Japão, mudou-se com a família para a Inglaterra aos cinco anos. Sua obra mais famosa é o romance Vestígios do Dia (1989). Para escrevê-lo, isolou-se por um mês em um quarto, sem telefone nem televisão, com pausas apenas para comer.
Ishiguro ganhou o Nobel em 2017 e concorreu ao Oscar de 2023 em Melhor Roteiro Adaptado por Living. O filme é baseado em Ikiru (1952), de Akira Kurosawa – que, por sua vez, inspirou-se em A Morte de Ivan Ilitch (1886)
de Liev Tolstói.
super.abril.com.br
Veja essa e outras matérias em