Apesar de já existirem equipamentos que driblam o problema, deixar o laptop ou tablet na mala de mão pode representar um risco de segurança.
As normas de segurança em viagens aéreas mudaram consideravelmente desde o início dos voos comerciais. Durante a maior parte do século 20, por exemplo, era comum fumar dentro do avião – e os passageiros nem precisavam passar por revista para embarcar.
Hoje, todo passageiro passa por um detector de metais, enquanto seus pertences são examinados por uma máquina de raios X. De uns anos para cá, se tornou comum pedir que os passageiros retirem seu notebook da mochila ou mala de mão durante a revista.
O computador portátil deve ser colocado em uma bandeja separada, preferencialmente, antes de passar pela máquina de raios X. Mas por quê?
Para entender por que isso é necessário, vale relembrar como a máquina funciona. Os raios X são bons em escanear os objetos porque eles não atravessam todos os materiais da mesma forma.
Eles ficam mais concentrados em átomos pesados, como os de metal, e têm maior permeabilidade nos átomos mais leves, como o tecido da sua mochila.
No monitor observado pelo fiscal, os objetos de metal aparecem mais escuros. Já uma garrafa de plástico, por exemplo, fica mais transparente. Os notebooks e tablets possuem muitos componentes pesados, como baterias e cabos. Por isso os raios X não conseguem atravessá-los.
Daí, não seria possível detectar uma arma ou bomba que estivesse embaixo de um laptop. Caso o equipamento fique dentro da mala, é provável que o inspetor peça para verificá-la manualmente, o que atrasa ainda mais o processo.
Em alguns aeroportos não é mais necessário retirar os eletrônicos da mala de mão. Em Melbourne, na Austrália, o aeroporto instalou uma tecnologia de escaneamento 3D. A máquina usa tomografia computadorizada para gerar uma imagem de tudo que há dentro da mala.
O objetivo é reduzir o tempo de espera na fila do raio X. Boa parte do atraso é fruto do tempo que as pessoas levam para retirar o notebook da mala.
O Reino Unido planeja implementar essa tecnologia em todos seus aeroportos até junho de 2024. Alguns aeroportos dos Estados Unidos (como o LaGuardia, em Nova York) também já têm os novos aparelhos.
Por enquanto, ainda é necessário que uma pessoa analise as imagens geradas pela máquina – sejam elas imagens 2D ou 3D. Com o avanço das inteligências artificiais, porém, é possível que o próprio programa de computador seja usado para verificar as malas.
super.abril.com.br
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