O bom velhinho é resultado de uma mistura de tradições de diferentes épocas e origens. E tudo começou no século 3, na Turquia.
O Papai Noel era Nicolau, bispo da cidade turca de Mira. Um dos milagres atribuídos a ele foi o de trazer de volta à vida crianças que haviam sido mortas por um açougueiro para virar presunto durante uma crise de fome.
Outra lenda de São Nicolau é a de que ele teria retirado a carga de cereais de um navio para alimentar o povo da cidade. Depois, fez com que novos cereais aparecessem na embarcação, evitando que os marujos fossem punidos pelos seus superiores.
Esse feito o tornou adorado por marinheiros de vários lugares. Na cidade de Amsterdã, na Holanda, ele se chamava "Sinter Nikolass" – que depois foi abreviado para "Sinterklass". Em Nova York (cidade fundada por holandeses), ele virou "Santa Claus".
O combo clássico do Papai Noel (bochechas vermelhas, jeitão de elfo, viagens de trenó, entradas furtivas pela chaminé) são características que apareceram em 1822, em em um poema escrito pelo professor de teologia americano Clement Clark Moore para seus filhos.
Moore tinha vergonha do texto, mas ele viralizou nos jornais da época. Àquela altura, mitos como os elfos ajudantes do bom velhinho (que vêm de tradições nórdicas pagãs) também já haviam sido incorporados à história do Papai Noel.
As responsáveis pelo trenó do Papai Noel foram popularizadas graças a um desfile da loja de departamentos Macy 's, nos EUA. A ideia foi de um empresário que queria vender carne de rena (pois é) e precisava popularizar o animal no imaginário americano.
Outra adição recente ao mito é Rodolfo, a rena do nariz vermelho. Ele era personagem de um poema de Natal distribuído pela loja Montgomery Ward em Chicago, na década de 1930.
Rodolfo era uma espécie de patinho feio, com uma característica diferente das demais renas. Hoje, ele lidera o comboio. Vá ao shopping mais próximo e verifique: o primeiro animal da fila sempre tem um nariz vermelho.
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