A história do bom velhinho nasceu com São Nicolau, que viveu no século 4 depois de Cristo. Mas foi só no século 19 que ela tomou a forma como a conhecemos hoje.
O mito do bom velhinho foi inspirado em São Nicolau, um bispo católico que viveu no século 4 na cidade de Mira, atual Turquia. Ele ficou conhecido em todo o Oriente por sua bondade e pela atenção com as crianças. A lenda diz que ele as presenteava no dia de seu aniversário, em 6 de dezembro.
Nos séculos seguintes, o mito se espalhou pela Europa, e a data da entrega de presentes acabou se confundindo com o natal. No século 19, quando a história chegou à Alemanha, o velhinho ganhou roupas de inverno, renas, um trenó de neve e até uma nova casa: o Polo Norte.
Nessa época, Noel ainda era representado como um homem alto e magro com roupas que variavam de cor – dependendo, elas eram azuis, amarelas, verdes ou vermelhas. O visual clássico que conhecemos hoje apareceu pela primeira vez na revista americana Harper’s Weekly, em 1881.
A figura da Harper’s, desenhada pelo cartunista Thomas Nast, sofreu mais uma mudança em 1931. Na criação de um anúncio para a Coca-Cola, o desenhista Haddon Sundblom adicionou um saco de presentes e um gorro ao personagem.
A série de comerciais que mostrava Noel metido em situações engraçadas para entregar seus brinquedos rodou o mundo, popularizou essa imagem e, claro, turbinou as vendas do refrigerante.
“Santa Claus”, como Noel é conhecido em inglês, é uma adaptação de “Sinter Klaas”, forma como São Nicolau era chamado pelos holandeses, que levaram suas tradições natalinas para colônias na América no século 17 (entre elas, a região da cidade de Nova York).
Já por aqui, a origem da expressão “Papai Noel” tem raízes no idioma francês, no qual “Noël” significa “Natal“. Ou seja, no Brasil, o bom velhinho ganhou um nome que significa literalmente “Papai Natal”.
A lenda de que Noel vivia no Polo Norte, onde comandava sua oficina de brinquedos, serviu para a Finlândia estimular o turismo local. Na década de 50, o governo do país construiu uma vila de madeira na cidade de Rovaniemi, na Lapônia, que acabou se tornando o seu lar “oficial”.
Quem decide enfrentar o rigoroso inverno Ártico pode entregar seus recados pessoalmente a um dublê do bom velhinho, que recebe aproximadamente 700 mil cartas por ano —– quase todas, é claro, com pedidos de presentes.
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