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Por Bruno Garattoni
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Facebook permite discriminação racial em anúncios nos EUA

Quem coloca casa para alugar pode impedir que a propaganda seja vista por negros, latinos ou muçulmanos; empresa diz que está tentando bloquear a prática

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Atualizado em 23 nov 2017, 11h50 - Publicado em 23 nov 2017, 11h26

A descoberta foi feita pelo site ProPublica, que realizou dezenas de testes e constatou, na prática, que o Facebook permite excluir determinadas etnias, religiões e grupos demográficos dos anúncios de casas para alugar – uma prática que é expressamente proibida pelo Fair Housing Act, lei federal dos EUA que proíbe vários tipos de discriminação (por raça, cor, religião, sexo, deficiência física, estado civil ou nacionalidade) no aluguel ou venda de casas.  

Sem se identificar, os jornalistas do ProPublica publicaram dezenas de anúncios de casas para alugar no Facebook, pagando por cada um deles. A ferramenta de publicidade do site permitiu que eles excluíssem determinados grupos -como afro-americanos, mulheres com filhos adolescentes, paraplégicos, judeus, latinos e islâmicos- dos anúncios. A restrição significa que essas pessoas simplesmente não viram os anúncios de casas para alugar em suas timelines.

O Facebook determina a cor da pele, o sexo, a religião, o estado civil e outras características dos usuários baseando-se nas informações que eles mesmos fornecem, mas também no tipo de conteúdo que acessam na rede social (o filtro anti-muçulmanos descoberto pelo ProPublica, por exemplo, se oferecia para excluir pessoas “interessadas no Islã”).

Em fevereiro deste ano, acusado de práticas similares, o Facebook afirmou que iria impedir a discriminação nos anúncios. Mas, como mostram os testes realizados pelo ProPublica, não o fez: todos os anúncios discriminatórios criados pelos jornalistas foram aprovados e entraram no ar de forma imediata (exceção feita ao anúncio anti-muçulmanos, que levou 22 minutos para ser autorizado).  

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Questionado pelo ProPublica, o Facebook disse que seu filtro anti-discriminação barrou “milhões de anúncios”, mas admitiu a falha demonstrada pelos jornalistas. A publicidade é a maior fonte de receita do Facebook, que fatura em média US$ 2,3 bilhões por mês.

LEIA TAMBÉM: A verdade sobre os likes

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