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Por Bruno Garattoni
Vencedor de 15 prêmios de Jornalismo. Editor da Super.
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Nova variante do coronavírus é identificada no Reino Unido e outros 12 países

B.1.525 possui a mutação E484K, já presente nas cepas de Manaus e da África do Sul, que reduz eficácia das vacinas - mas não tem a alteração que aumenta a transmissibilidade do vírus

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17 fev 2021, 14h15

B.1.525 possui a mutação E484K, já presente nas cepas de Manaus e da África do Sul, que reduz eficácia das vacinas – mas não tem a alteração que aumenta a transmissibilidade do vírus

A primeira variante do Sars-CoV-2 foi identificada em abril de 2020: ela se chama D614G e dominou o mundo ao longo do ano passado, praticamente extinguindo a cepa original de Wuhan. Mas a evolução do novo coronavírus só chamou a atenção do público e da comunidade científica em dezembro, com a identificação da cepa inglesa B.1.1.7, mais contagiosa do que as anteriores. Isso acontece porque ela tem a mutação N501Y (em que o aminoácido asparagina, N, foi substituído por tirosina, Y, na posição 501 da proteína spike).  

Poucas semanas depois, surgiram as cepas B.1.351, da África do Sul, e P.1, de Manaus. Ambas têm a mutação N501Y, que aumenta a transmissibilidade, mas também apresentam outra mudança: a alteração E484K (troca de glutamato por lisina na posição 484 da proteína spike), que torna essas cepas parcialmente resistentes às vacinas atuais.  

Essas duas mutações, N501Y e E484K, são extremamente vantajosas para o vírus – permitem que ele se espalhe mais, e seja menos afetado pelas campanhas de vacinação. Por isso, a tendência é que elas se tornem onipresentes. Mas a evolução pode tomar mais de um caminho.  

Agora, cientistas da Universidade de Edinburgo, na Escócia, anunciaram a identificação de uma nova variante: a B.1.525, que foi detectada no Reino Unido e outros doze países, incluindo EUA, Canadá, França, Espanha, Nigéria, Austrália e Singapura. 135 pacientes, nesses países, foram infectados pela nova cepa. Ela possui a mutação E484K, de maior resistência às vacinas – mas, interessantemente, não tem a mutação N501Y, que aumenta a transmissibilidade do vírus. 

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Isso significa que, em tese, a B.1.525 leva desvantagem em relação a outras cepas – e não deve se espalhar com força pelo mundo. Mas ela possui alguma capacidade de disseminação: é provável que a cepa tenha se propagado do Reino Unido, que registrou os primeiros casos em dezembro, para as demais 12 nações. A variante tem ao todo dez mutações – incluindo uma nova, a F888L (troca de fenilalanina por leucina na posição 888 da proteína spike), cujos possíveis efeitos ainda não foram estudados.  

LEIA TAMBÉM: As próximas mutações

 

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