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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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O que é real ou não pode ser só uma “questão de tempo”

Por Ana Prado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 16 out 2017, 12h13 - Publicado em 16 out 2017, 07h15

Estudiosos tentam há décadas entender por que pessoas com doenças como a esquizofrenia apresentam crenças delirantes e acreditam ter vivido coisas que nunca aconteceram. Mas pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, descobriram que a linha divisória entre o que é real e o que é ilusão pode ser bem tênue e confundir até mesmo pessoas sem histórico de doenças mentais.  

O estudo era simples: voluntários tiveram de observar uma tela com cinco quadrados brancos e tentar adivinhar qual deles ficaria vermelho. O resultado inicial ficou dentro do esperado de acordo com as estatísticas: a taxa de acerto era de uma a cada cinco vezes. Mas a coisa mudou quando os pesquisadores aumentaram a velocidade em que os quadrados acendiam, dando menos tempo para os palpites.

Quando um quadrado ficava vermelho em cerca de 0,25 segundo, os participantes eram muito mais propensos a dizer que haviam predito corretamente – quando a verdade é que eles simplesmente disseram qual quadrado já estava aceso. Tudo foi tão rápido que sequer haviam processado essa inversão na ordem dos acontecimentos e realmente acreditaram que seu palpite veio antes do fato.

“Queríamos descobrir se uma inversão ilusória na percepção de quando uma previsão e uma observação ocorreram no tempo prediz a existência de ideias semelhantes a delírios”, diz o estudo, publicado no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences. “Encontramos evidências de tal relação, sugerindo que déficits perceptuais específicos de como as pessoas experimentam os seus pensamentos podem contribuir para o delírio”.

Falha no sistema

De acordo com os pesquisadores, as falhas no mecanismo de temporização neural podem ajudar a explicar por que algumas pessoas acreditam que podem ler mentes ou saber o futuro: elas talvez já tenham registrado o acontecimento ou uma resposta antes de estarem conscientes disso.

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“É como achar que você sabe que está prestes a chover e depois sentir as primeiras gotas”, disse o principal autor, o psicólogo Adam Bear. “Seu pensamento pode ter sido subconscientemente influenciado por essas gotas, mas você só as experimenta conscientemente mais tarde”.

Segundo ele, detectar essas anormalidades perceptivas cedo pode ajudar na compreensão, diagnóstico e tratamento de certas formas de doença mental.

(Via Medical Xpress).

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