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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Por que algumas pessoas têm “amnésia alcoólica”?

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h50 - Publicado em 23 mar 2012, 18h48

Finalmente o fim de semana chegou e a maioria das pessoas vai poder curtir um bar sem ter que se preocupar em acordar cedo no dia seguinte. Você costuma ter a famosa “amnésia alcoólica” depois de passar a noite bebendo? Ou é daqueles que sempre se lembram de tudo, não importa quanto beba?

Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em San Diego, feita com imagens de ressonância magnética, sugere que, diferente do que se costuma pensar, esse esquecimento não depende da quantidade de álcool ingerida. Ao que parece, é tudo uma questão de genética.

Algumas pessoas têm um componente bioquímico no cérebro que faz com que o álcool afete mais fortemente a atividade cerebral em áreas ligadas ao autodomínio, atenção e memória de trabalho.

Com isso, elas ficam mais propensas a perder a memória quando bebem – e nem precisa ser uma bebedeira daqueeeelas. É por isso que certas pessoas podem matar engradados inteiros de cerveja e continuar bem, enquanto outras já ficam tontinhas com três míseros copos.

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Segundo Reagan R. Wetherill, uma das autoras do estudo, os “apagões” em que a pessoa acorda sem fazer a menor ideia do que aconteceu na noite anterior são raros. Já o esquecimento de detalhes é mais comum – e ela acredita que cerca de 40% dos estudantes vai passar por isso enquanto estiver na faculdade.

O estudo

A pesquisa foi feita com 24 alunos universitários – 12 dos quais esqueceram detalhes e 12 que mantiveram a memória intacta. Cada um teve de completar exercícios envolvendo memória de curto prazo e “multitasking” (a habilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo) antes e depois de beber (e a gente aposta que os pesquisadores se divertiram fazendo esses testes).

O resultado mostrou que os dois grupos mostraram habilidades semelhantes nos testes enquanto sóbrios. Depois de beber, porém, foi como se a parte do cérebro responsável por essas coisas deixasse de funcionar para alguns deles.

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Isso sugere que exista uma espécie de gatilho bioquímico que faz com que algumas pessoas esqueçam o que acontece durante a bebedeira.

Por meio da análise de imagens do cérebro, os pesquisadores descobriram uma mudança nos padrões do fluxo sanguíneo e da atividade neural das pessoas que costumavam ter a chamada amnésia alcoólica. Mas essa alteração só se manifestou depois de beberem.

“A intoxicação por álcool reduziu a atividade em uma região do cérebro envolvida no multitasking”, disse Wetherill ao jornal Daily Mail. “Isso afeta a capacidade de alguns para esse tipo de tarefa, bem como para engajar áreas cerebrais necessárias para a codificação e lembrança de experiências anteriores.”

A descoberta traz duas lições importantes, segundo os pesquisadores: a primeira é que há diferenças individuais em como o cérebro é afetado pelo álcool. Isso significa que cada um deve conhecer os próprios limites e não querer imitar o coleguinha na bebedeira.

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E a segunda é melhor explicada na fala de Weatherill: “Se você está experimentando apagões após beber, isso é um sinal importante de que consequências negativas em sua saúde e vida pessoal poderão aparecer“. Quando se está bêbado e seu cérebro tem esse tipo de interação com o álcool, cria-se um estado de vulnerabilidade em que aumentam as chances de ocorrer todo tipo de problema. Você pode não se preocupar em ter que acordar cedo amanhã, mas é bom pensar um pouquinho nos efeitos em seu cérebro.

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