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Cientistas passam 14 anos observando relógio

Por Lucas Massao
Atualizado em 4 jul 2018, 20h33 - Publicado em 15 jun 2018, 15h52

Você provavelmente já ouviu falar na expressão “mais chato do que ver tinta secar” como exemplo de uma tarefa que seja incrivelmente maçante. O cientista Bijunath Patla, sem querer, criou uma nova versão dessa frase em um experimento que, à primeira vista, pode parecer inútil. A equipe de Patla reuniu os 12 relógios mais precisos do mundo e acompanhou o trabalho deles em uma sala no Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia em Boulder, no Colorado (EUA).

O experimento começou em 11 de novembro de 1999 e durou 14 anos, ou mais de 450 milhões de segundos. Em um estudo publicado na revista Nature semana passada, Patla revelou a motivação por trás da tarefa. Segundo o cientista, o tique do relógio ilustra um dos princípios fundamentais das leis da física: que nenhum tempo ou lugar no universo é especial. Essa premissa também está presente na Teoria da Relatividade Geral de Einstein.

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Ou seja, as leis da física se aplicam hoje da mesma forma que se aplicaram há 4,5 bilhões de anos, há 10 milhões de anos ou quando você ficava entrando e saindo do MSN para chamar atenção de alguma pessoa. Agora, para tentar capturar uma prova de que as leis da física podem mudar com o tempo, é necessário fazer exatamente o que Patla fez: executar uma tarefa inúmeras vezes da forma mais precisa e na maior quantidade de lugares possível. Se o resultado nunca muda, isso é uma dica de que as leis da física não mudaram.

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A equipe de Patla decidiu trabalhar com relógios atômicos que, em vez de ticar com o movimento de um ponteiro ou com as vibrações de um cristal de quartzo, seguem a batida constante de um átomo, desenhado para emitir ondas de luz que oscilam numa constante de bilhões de vezes por segundo. Esses ciclos são tão consistentes que seriam necessários dezenas de milhões de anos para que um relógio do tipo falhasse.

Os relógios no laboratório de Patla ficaram em uma sala com temperatura e umidade controladas, e os átomos dentro dos dispositivos estavam em uma câmara selada a vácuo. Curiosamente, além de medir a interação entre esses átomos, eles também observaram essas interações em múltiplas localidades, sem ter que mover os relógios fisicamente. Tecnicamente, os relógios orbitaram com a Terra durante as voltas em torno do Sol, então, dependendo do dia, cada mensuração foi feita em uma localização diferente do Universo.

Além disso, o estudo analisou se duas moléculas interagem com a gravidade da mesma forma. Por isso, alguns relógios atômicos eram baseados em um átomo de hidrogênio e outros em um átomo de césio, que é 100 vezes mais pesado.

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Patla faz um alerta e afirma que isso não é uma prova definitiva de que as leis da física não mudam durante todo o tempo e espaço. A equipe pôde afirmar que, durante os últimos 14 anos, as leis da física não mudaram no nosso canto do Universo, de acordo com as melhores ferramentas disponíveis naquele momento. O time de Patla planeja recriar o experimento, dessa vez com relógios que permitirão ver a interação magnética de forma três vezes mais precisa.

Com Wired

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