Uma sessão do comitê de lei civil e política de prática de dados da cidade de St. Paul, no estado americano de Minnesota, teve de ser interrompida após um grupo de manifestantes atrapalharem os debates com gritos de “vergonha, vergonha, vergonha” e “traidores”.
Curiosamente, o comitê votava naquele momento uma lei que garantia ao Estado o direito de processar quem estivesse envolvido em protestos que causassem prejuízo financeiro de alguma forma. O vereador Nick Zerwas, autor do projeto, afirmou, em resposta aos críticos da proposta, que a nova lei “impacte alguém de legalmente exercer o direito de se expressar”.
A vice-presidente da filial de Minneapolis da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor (NAACP, em inglês), Cathy Jones, criticou veemente o texto e os impactos que ele teria nas manifestações “O peso dessas restrições seria distribuído de forma desproporcional por pessoas menos capazes de pagar por acordos”.
O vereador John Lesch fez uma comparação dos protestos que Zerwas pretende limitar com as marchas pacíficas organizadas por mulheres contra o presidente americano Donald Trump. Lesch citou o fato das participantes “não terem permissão para cem mil pessoas marcharem a quadras de distância do Capitólio e, teoricamente, elas estariam fora dos limites da lei e poderiam ser responsabilizadas pelos danos”.
Com Fox9