Assine SUPER por R$2,00/semana
Imagem Blog

Oráculo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por aquele cara de Delfos
Ser supremo detentor de toda a sabedoria. Envie sua pergunta pelo inbox do Instagram ou para o e-mail maria.costa@abril.com.br.
Continua após publicidade

De onde vem a expressão “putz grila”?

Do jornal mais engraçadinho de todos os tempos.

Por Rafael Battaglia
Atualizado em 10 Maio 2021, 13h08 - Publicado em 4 jan 2019, 12h33

A expressão surgiu no jornal O Pasquim, o tabloide semanal criado em 1969 que se opunha à ditadura militar e foi um dos símbolos da contracultura da época.

Os textos e charges do Pasquim inovaram na linguagem e popularizaram uma série de neologismos (isto é, palavras inventadas, como as de James Joyce e Graciliano Ramos) que acabaram sendo incorporados no vocabulário brasileiro. Alguns faziam referência a palavrões e outras expressões pouco elegantes. É o caso do “putz grila”, cuja grafia usada no tabloide era “putzgrila”. Assim como o típico “puxa vida”, ele faz referência a um xingamento bastante comum – e impublicável por aqui, mas que começar com a sílaba “pu” e termina em “ta”.

Se a parte “putz” tem uma origem clara, o “grila” não é tão óbvio assim. De acordo com o professor Luis Augusto Fischer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) trata-se de uma brincadeira com expressão old school “grilado”, que se refere ao estado de quem tem algum problema ou chateação (principalmente se a chateação em questão ocorreu na década de 1960).   

Continua após a publicidade

Em suma: “putz grila” é um artificialismo que imita a evolução natural das expressões. O mais comum são as contrações. Caso de “Virgem Maria”, que evoluiu para “Vixi Maria”, “Ixi”, “Xi…”.

O fenômeno acontece em todas as línguas. Em inglês, a expressão de espanto “Jesus!” (que também existe por aqui) virou “gee” – em parte para evitar reprimendas por invocar nomes santos em questões desimportantes. Em espanhol, um dos xingamentos máximos é “me cago en Dios” (que não precisa de tradução e quer dizer basicamente fod#@-$&). A expressão mais usada hoje, porém, é uma versão suave do impropério: “Me cago en diez” – na qual o “dez” não significa nada; é só um cognato de “Deus” mesmo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.