É a borboleta atlas azul, da cordilheira do Atlas, no Marrocos. Seu nome científico é Polyommatus atlantica. O inseto tem 226 pares de cromossomos. Seres humanos, em comparação, possuem 23 pares.

Os vegetais alcançam cifras ainda mais absurdas: a Ophioglossum reticulatum – uma parente das samambaias – tem 620 pares de cromossomos. É o recorde do mundo visível. No mundo microscópico, o protozoário ciliado Oxytricha trifallax tem seu DNA fragmentado em mais ou menos 16 mil cromossomos.

Vale lembrar que o número dos cromossomos não diz nada sobre a complexidade do organismo. Ter muitos cromossomos pequenos dá na mesma que ter poucos cromossomos grandes. Você pode dividir um livro de 600 páginas em três capítulos de 200, ou dividir um livro de 300 páginas em 10 capítulos de 30.

Também não faz diferença o comprimento total do genoma (ignorando as subdivisões). O DNA da cana-de-açúcar tem 10 bilhões de pares de bases, contra os 3 bilhões dos humanos. No fim, o que determina as características dos seres vivos são as interações bioquímicas entre as proteínas codificadas por cada gene, e o momento em que cada um deles é ativado durante o desenvolvimento.

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