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Coluna semanal de perguntas práticas, sentimentais e existenciais enviadas por leitores da SUPER. Por Karin Hueck
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Socorro, estou apaixonado pela minha secretária. O que faço?

Nesse primeiro post, leitores pediram conselhos amorosos, dicas políticas e a bênção para ser feliz.

Por Karin Hueck Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 30 dez 2016, 10h28 - Publicado em 30 set 2016, 18h48

Me apaixonei pela minha secretária. Sou solteiro. Ela também. Mas não tenho como dizer se é recíproco – até porque não sou assim um Don Draper… O que eu faço? Peço demissão e me declaro? Me declaro e, se tomar um toco, peço demissão? Engulo a seco e espero anos e anos até o amor passar??
– Apaixonado da firma

Caro apaixonado
A única maneira de a sua história terminar feliz é se o amor – verdadeiro, profundo, desses que vão dar num relacionamento – for correspondido. As chances, infelizmente, são pequenas. Se você nunca sentiu nenhum indício de interesse por parte dela é porque é assim que se comportam as pessoas que não estão a fim. Como o seu cargo é de chefia, o risco de essa história terminar mal é alto. O meu conselho é que você não faça nada. Nada mesmo. O mundo é cheio de gente para você se apaixonar e que. (Mas estou sentindo que você não vai seguir esse conselho. Então aqui vai a segunda opção – siga-a à risca. Chame a secretária para uma conversa e fale para ela o que sente. Seja o mais direto possível, não dê indiretas, não mencione o trabalho. Aqui uma opção: “Dirce, faz alguns meses que estou apaixonado por você. Queria saber se você sente o mesmo.” E veja a reação dela. Se ela o dispensar, nunca, nunca, nunca mais toque no assunto. Mas leve em consideração que ela pode ficar para sempre desconfortável na sua presença e se sentir assediada.)

Eu trabalho com joalheria artesanal. É a linguagem com a qual escolhi me expressar e sempre foi a minha paixão. Sou muito feliz fazendo o que eu faço. Mas vivo uma crise. Na atual situação política em que vivemos, sou muito pessimista quanto ao futuro, que parece repressor e truculento. E me pergunto: por que continuar com meus sonhos individuais e meu trabalho, que tem um significado grande para mim, mas é tão pequeno em relação às questões coletivas? Como enxergar um propósito político no que eu faço? Devo ser feliz ou ajudar a mudar o mundo?
– Quero um mundo melhor

Se Conselho Fosse Bom - Rihanna

Seja feliz. Entendo que seu trabalho pareça completamente distante da busca por um mundo melhor – joias artesanais, afinal, não vêm na cesta básica – mas o mundo precisa de mais pessoas felizes. Uma pessoa feliz e realizada, no mínimo, não atrapalha. Você vai ser uma pessoa amargurada a menos nas timelines, por exemplo, e vai espalhar menos raiva nas conversas. Mas sugiro um meio termo. Prometa a si mesma que a cada XX joias vendidas, você doará o dinheiro de uma para alguma causa importante: um orfanato, um asilo de velhinhos, uma ong que vigia políticos. Não vai mudar o mundo, mas é melhor do que nada

Sou estudante de jornalismo e estou fazendo uma reportagem sobre paranormalidade e misticismo. O trabalho me obriga a ir a umas sessões de leitura de tarô e de mapa astral. Não acredito muito nessas coisas, mas tenho medo de que, se eu ouvir o meu futuro, eu acabe  esperando que essas previsões aconteçam. O que devo fazer?
– Cética, pero no mucho

Querida Cética
É impossível ouvir supostos detalhes sobre seu futuro e não esperar que eles aconteçam. Agora, não custa lembrar que não há como nenhum desses profissionais realmente ter alguma ideia sobre o que vai acontecer com você – não há nenhuma maneira comprovada de ler o futuro, afinal. Fique tranquila, porque nada de que eles dirão tem relação com a realidade. Outra dica é você ir nas sessões e ficar completamente calada, deixando que os videntes se virem para adivinhar quem é você, o que você faz e o que quer da vida. Talvez a saia justa seja o suficiente para fazer com que você não acredite nas previsões.

Moro em um apartamento com paredes muito finas. Consigo ouvir tudo o que meus vizinhos fazem e os de baixo vivem brigando. As discussões às vezes são violentas e eles gritam muito, ficam se xingando. Pedi uma vez para o porteiro interfonar para perguntar se está tudo bem, mas depois fiquei pensando se fiz certo. O que devo fazer se isso acontecer de novo?
-Vizinha indiscreta

Interfone de novo. Ao contrário do que se acredita, em briga de marido e mulher se mete colher, sim. Ainda mais se o negócio for violento – e agressões verbais são agressões, ainda assim. Se você suspeitar que alguém pode estar se machucando, você pode inclusive ligar para a polícia e pedir para eles darem uma passada. Nessas horas, é melhor ser enxerido e garantir a segurança das pessoas do que ficar quieto porque “não quer atrapalhar”. Alguém pode sair machucado.

Tenho três filhos meninos e, embora eu os ame de paixão, não aguento mais ficar correndo literalmente atrás de homem nessa vida. Queria mais um bebê, mas PRECISO que seja uma menina dessa vez. O que eu faço?
– Deusa da fertilidade masculina

Querida deusa. O certo seria dizer que não importa o sexo e que todos os filhos são iguais – mas entendo que alguns filhos sejam mais iguais do que outros, e que você queira variar. Você já deve ter ouvido de alguém que o espermatozoide carregando o cromossomo masculino nada mais rápido do que o feminino – e que o feminino, por sua vez, sobrevive por mais tempo dentro do útero. A dica seria, então, fazer sexo no dia da ovulação para ter um menino, e fazer sexo dois dias antes da ovulação para ter uma menina. Infelizmente, tudo isso é besteira. Procurei nos estudos mais recentes e descobri que não existem essas diferenças perceptíveis entre os cromossomos, e que o único jeito de separá-los por sexo é tingindo-os com um corante fluorescente, num processo complicadíssimo e que você não vai conseguir replicar em casa. Enfim, tudo isso para dizer que não tem como garantir que você vá ter uma menina. Mas sorria, as estatísticas estão do seu lado! As chances de você ter um menino ou uma menina são, claro, de 50% para cada caso. Mas as chances de você ter uma sequência de quatro filhos homens são muito raras, apenas 6,25%, Então se agarre nisso!

Nesse momento político e virtual, é melhor ser feliz ou ter razão?
– Viciado do Face

Nunca vi ninguém mudando a opinião de ninguém na caixa de comentários . Ou saindo da conversa se sentindo melhor. Feche o navegador e vá ser feliz.

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