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11 prêmios importantes da ciência (além do Nobel)

Por Jessica Soares
Atualizado em 21 dez 2016, 10h12 - Publicado em 15 out 2012, 18h58

Desde 1901, o Prêmio Nobel homenageia anualmente realizações nas áreas de física, química, fisiologia ou medicina, literatura e paz. No entanto, pouca gente sabe que o prêmio – permitido pela fortuna e legado do cientista, empresário, autor, pacifista e inventor Alfred Nobel – é apenas um dos representantes das quase três centenas de premiações que visam prestigiar e incentivar inovações e avanços científicos em todo o mundo. Prepare-se para o próximo bolão – a SUPER listou outros 11 prêmios importantes da ciência:

1. Medalha Copley



Início:
1731
Quem é premiado: pesquisador responsável por realizações de destaque em pesquisa nas áreas das ciências físicas e biológicas.

Se ainda fosse vivo, o pesquisador Charles Darwin com certeza exibiria com orgulho sua Medalha Copley. O naturalista inglês faz parte da longa lista de agraciados do mais antigo prêmio da Royal Society – sociedade britânica fundada em 1660 que reúne destacados cientistas. Inicialmente concedido à descoberta científica mais importante ou para a maior contribuição feita por meio de experimentos, em 1831 o prêmio passou a ser destinado anualmente ao autor da pesquisa que o Conselho da Sociedade julga o mais merecedor da honra.

2. Prêmio Demidov

Início: 1831
Quem é premiado: pesquisadores da Academia de Ciências da Rússia responsáveis por conquistas notáveis em ciências naturais e humanas.

Iniciado durante o Império Russo por Pavel Nikolaevich Demidov, membro de uma família nobre, o Prêmio Demidov é um dos mais antigos no ramo da ciência. Entre os anos de 1832 e 1866, a Academia de Ciências da Rússia concedeu 55 prêmios integrais a importantes pesquisadores russos, como o criador da tabela periódica, Dmitri Mendeleiv, e o inventor do método de imobilização em gesso para tratamento de fraturas, Nikolay Pirogov. A partir de 1866, 25 anos após a morte de Demidov, o prêmio deixou de ser concedido anualmente. Foi só em 1993 que o vice-presidente da Academia de Ciências da Rússia, Gennady Mesyats, e o governador do distrito de Óblast de Sverdlovsk, Eduard Rossel, resolveram restabelecer o tradicional prêmio, que segue homenageando importantes trabalhos em ciências naturais e humanas.

3. Medalha Perkin

Início: 1906
Quem é premiado: químicos residentes nos Estados Unidos que tenham promovido inovações em química aplicada, “resultando em excepcional desenvolvimento comercial”.

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A premiação anual teve como primeiro homenageado o químico inglês William Perkin, responsável pelo desenvolvimento do primeiro corante de anilina sintético. Desde 1908, o prêmio é concedido pela seção estadunidense da Sociedade da Indústria Química.

4. Medalha Priestley

Início:1922
Quem é premiado: cientistas responsáveis por um trabalho notável no campo da química.

O nome da premiação estadunidense vem de Joseph Priestley, britânico que imigrou para os EUA em 1794 e tem no currículo um crédito nada insignificante: a descoberta do gás oxigênio. A condecoração, a maior oferecida pela American Chemical Society, foi inicialmente concedida a cada três anos e, a partir de 1944, passou a ser anual.

5. Nicholas Appert Award

Início: 1942
Quem é premiado: pesquisadores cujo conjunto da obra tenha representado avanços significativos na tecnologia de alimentos.

Considerada uma das maiores honras em tecnologia alimentar, o Nicholas Appert Award é concedido anualmente pela seção de Chicago do Institute of Food Technologists. Seu nome remete a um grande destaque do ramo: Nicolas Appert, o francês responsável por desenvolver a conservação hermética de alimentos.

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6. Prêmio Louisa Gross Horwitz


Arnold J. Levine e Bert Vogelstein arremataram o prêmio em 1999, pelo trabalho desenvolvido no entendimento das alterações moleculares no gene supressor p53 responsáveis por quase 50% dos tumores humanos

Início:
1967
Quem é premiado: pesquisador ou grupo de pesquisadores que tenha feito contribuições notáveis nos campos de biologia e bioquímica.

O prêmio anual é concedido pela Universidade Columbia, em homenagem a Louisa Gross Horwits, filha de Samuel D. Cross –  famoso cirurgião do século XIX e 20º Presidente da Associação Médica Americana – e mãe de  S. Gross Horwitz, que fez uma doação generosa para permitir a premiação. Para os fãs de apostas, vale acompanhar: a condecoração é considerada um ótimo termômetro para o Prêmio Nobel – dos 91 laureados até 2012, 31 arremataram a medalha em Medicina e 11 em Química.

7. Prêmio Crafoord

Início: 1980
Quem é premiado: pesquisas internacionais inovadoras em astronomia, matemática, geociência e biociência

Iniciado pelo sueco Holger Crafoord e administrado pela Academia Real das Ciências da Suécia, o prêmio dá ênfase especial ao desenvolvimento na área da ecologia e da poliartrite, doença da qual Holger sofreu em seus últimos anos de vida. A cada ano, uma única categoria é contemplada, em um esquema rotativo, e apenas é concedido um prêmio no campo da poliartrite quando a comissão considera que um avanço notável foi feito. A cerimônia de premiação acontece sempre no mês de abril e a homenagem é entregue pelo Rei da Suécia, que também é responsável por entregar as medalhas aos laureados do Prêmio Nobel em dezembro.

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8. Prêmio Charles Stark Draper


Jack Kirby, o primeiro laureado do Prêmio Charles Stark Drapper e vencedor do Nobel da Física em 2000 pela sua contribuição no desenvolvimento das tecnologias da informação

Início: 1988
Quem é premiado: aqueles que contribuíram para o avanço da engenharia e para “melhorar a compreensão pública da importância da engenharia e da tecnologia”.

O prêmio anual, organizado pela Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos, é considerado uma das mais importantes honras na área. Mais que uma busca pela inovação, há uma preocupação social na escolha dos homenageados: a ideia, segundo o site da instituição, é destacar realizações que tenham impactado significativamente a sociedade, “melhorando a qualidade de vida e proporcionando a capacidade de viver livre e confortavelmente”. A descrição enigmática fica mais clara ao se conferir os últimos laureados – o grupo de pesquisadores homenageados em 2012 foi responsável pelo desenvolvimento da engenharia do display de cristal líquido, o famoso LCD, utilizado em – olhe à sua volta – milhões de dispositivos de consumo pessoal e profissional.

9. Medalha Lovelace

Início: 1998
Quem é premiado: pessoas que fizeram uma excelente contribuição para compreensão ou avanço da Computação.

Apesar de ser filha do poeta Lord Byron, Ada Lovelace não precisou do pai famoso para deixar sua marca na história. A britânica, nascida em 1815, é considerada a primeira programadora da história – o que joga por terra a teoria de que este é um campo dominado pelos homens. Hoje, além de dar nome à uma linguagem da computação, Lovelace inspira a premiação administrada pela Academia de Computação da British Computer Society. A cada ano o prêmio determina uma área de foco, podendo contemplar engenharia, ciência ou produtos e práticas da computação.

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10. Energy Globe Awards

Início: 1999
Quem é premiado: projetos que envolvam uso consciente e econômico de recursos naturais e explorem fontes de energia alternativas.

Uma comissão formada por membros da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial, do Banco Mundial e do Conselho Europeu de Energias Renováveis é responsável por selecionar os ganhadores nas categorias Terra, Fogo, Água, Ar e coração Juventude. Focado em sustentabilidade, o prêmio ambiental é um dos mais prestigiados da atualidade.

11. Prêmio Dan David

Início: 2002
Quem é premiado: realizações que tenham promovido excepcional impacto científico, tecnológico, cultural ou social em nosso mundo.

Um prêmio em 3D – assim poderia ser descrito o Prêmio Dan David. Anualmente, a premiação internacional sediada na Universidade de Tel Aviv, em Israel, reconhece iniciativas em três “dimensões” – Passado, Presente e Futuro. Cada uma das categorias inusitadas remete ao impacto do pesquisador homenageado: o Passado refere-se às realizações que expandem o conhecimento dos tempos antigos; o Presente reconhece aquelas que moldam e enriquecem a sociedade de hoje; e o Futuro é focado em descobertas que prometem grandes melhorias. Em 2012, o historiador Robert Conquest, o artista plástico William Kentridge e o professor David Botstein, líder intelectual da pesquisa em genoma, foram os agraciados pelo prêmio em cada uma das respectivas dimensões.

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Conhece mais algum prêmio da ciência? Conte para a gente nos comentários.

 

Imagens: Divulgação

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