Retrospectiva SUPER 2014: 10 invenções e descobertas científicas do ano
Por Raquel Sodré
Para quem estava esperando o futuro chegar, uma boa notícia: seja bem vindo! Descobertas que possibilitaram o teletransporte de informações e a telepatia – para citar dois exemplos – provam que estamos muito mais próximos da realidade pintada nos filmes de ficção científica do que nos damos conta. Separamos para você as 10 invenções e descobertas científicas mais sensacionais deste ano.
Na Universidade Emory, nos Estados Unidos, uma pesquisa realizada no departamento de Psicologia descobriu que nossas primeiras memórias, anteriores aos nossos três anos de idade, são apagadas quando completamos sete (como se todo mundo passasse por um desneuralizador do MIB). Os cientistas chamam isso de “amnésia da infância”.
Um novo estudo do pesquisador Daniel Scott, da Universidade de Waterloo, no Canadá, concluiu que, em 2080, não haverá mais Olimpíadas de Inverno. O motivo disso é que as mudanças climáticas farão com que os locais que hoje são elegíveis para receber os jogos não sejam mais “climaticamente confiáveis”. No máximo, o pessoal vai esquiar em cima de uma pista de gelo artificial – que nem no shopping.
Os tempos de ficar horas com o celular preso na parede enquanto carrega estão acabando. Em uma conferência de tecnologia realizada em abril deste ano em Tel Aviv, em Israel, foi apresentada a primeira bateria do mundo que carrega em até 30 segundos – isso mesmo, se-gun-dos. O aparelho é feito de estruturas biológicas e carregou um aparelho de celular Samsung Galaxy S4 em 26 segundos (quase o tempo de ler este parágrafo).
4. Universo paralelo artificial
Pela primeira vez, cientistas conseguiram criar um “universo virtual” realista. O modelo, elaborado pelo professor Carlos Frenk, da Universidade de Durham, simulou 13 bilhões de anos de evolução cósmica em um cubo com 350 milhões de anos-luz de lados e resolução nunca antes vista.
Uma cientista mineira conseguiu provar, pela primeira vez, o entrelaçamento quântico. Gabriela Barreto Lemos, 32, faz seu pós-doutorado no Instituto de Óptica Quântica e Informação Quântica de Viena, na Áustria. Ela elaborou um sistema que permitiu a dois fótons gêmeos seguirem por caminhos completamente diferentes. Um deles passou por uma placa de silício que tinha a imagem de um gato. O outro foi direcionado para uma máquina fotográfica. Mesmo sem contato físico com seu irmão gêmeo, o fóton que passou pela imagem do gato transferiu a informação àquele que foi mandado para a câmera, de modo que o dispositivo registrou a imagem do gato.
Além disso, um grupo de cientistas holandeses conseguiu, pela primeira vez, “teletransportar” informação entre dois elétrons que estavam separados cerca de três metros.
Este foi o ano das criaturas pré-históricas gigantes. Na Argentina, paleontólogos descobriram, em maio deste ano, o maior dinossauro de todos os tempos. Tomando por base os “ossinhos” descobertos, os cientistas estimam que ele media 40 m de comprimento e 20 m de altura, chegando a pesar 77 toneladas (e você aí, se achando pesado…). A espécie batizada de Titanossauro viveu nas florestas da Patagônia há cerca de 100 milhões de anos.
Em julho, cientistas estadunidenses anunciaram a descoberta do maior pássaro pré-histórico que já existiu. O fóssil foi descoberto 30 anos atrás, mas somente agora os cientistas descobriram que se trata de uma espécie, a Pelagornis sandersi. A gaivota bombada devia ter uma envergadura que ia de 6,1 m a 7,4 m (haja asa para levantar isso tudo do chão!).
Você sabe que o futuro chegou mesmo quando dentistas desenvolvem uma técnica para que seus dentes cariados se curem sozinhos, sem a “ajuda” de motorzinhos, brocas e resinas. Na Universidade College London, um grupo de pesquisadores desenvolveu uma técnica de remineralização. Por meio dela, os especialistas usam uma corrente elétrica de baixa voltagem para tratar as cáries – método que eles garantem ser indolor (obrigada, deus). Os pesquisadores estimam que a tecnologia chegará ao público dentro de três anos.
Até julho deste ano, acreditava-se que o vírus HIV, uma vez contraído, ficava no organismo do hospedeiro para sempre. Mas um grupo de cientistas da Escola de Medicina da Universidade Temple, nos Estados Unidos, conseguiu, pela primeira vez, eliminar o HIV de uma cultura de células humanas – um passo fundamental para que se encontre uma cura permanente da Aids.
9. Eu sei o que você está pensando
2014 também foi o ano em que cientistas conseguiram promover a telepatia entre duas pessoas separadas por mais de 8.000 km de distância. O experimento, coordenado pelo pesquisador Alvaro Pascual-Leone, diretor do Centro de Estimulação Não Invasiva Berenson-Allen, no Centro Médico Deaconess Beth Israel, em Boston, usou aparelhos de eletroencefalogramas para fazer com que um participante recebesse e entendesse a mensagem que o outro estava enviando somente com suas ondas cerebrais.
10. O rei está nu
No início de dezembro deste ano, pesquisadores ingleses confirmaram que o esqueleto descoberto em um estacionamento em Leicester, na Inglaterra, pertence mesmo ao Rei Ricardo III. A análise no material genético do monarca revelou também traços de infidelidade em sua árvore genealógica, o que poderia ter consequências históricas severas, incluindo mudanças em toda a família real que conhecemos hoje.