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A verdade por trás de 5 creepypastas assustadoras

Por turma-do-fundao
Atualizado em 4 jul 2018, 20h34 - Publicado em 3 nov 2016, 17h58

Caroline_Walkinir_Halloween

Fã de terror ou não, você já deve ter lido ou ouvido uma creepypasta ao menos uma vez.

Basicamente, elas são histórias de terror e suspense, muitas vezes atreladas à cultura pop e escritas por absolutamente qualquer um. O mais legal de uma creepypasta bem feita é a dúvida que ela gera à medida que mais pessoas comentam sobre a história e afirmam já terem visto ou presenciado algo do gênero. Essa discussão apenas alimenta a mente do público e acaba gerando o verdadeiro medo — principal objetivo dos autores.

Neste Halloween, resolvemos nos fantasiar de Sherlock e descobrir a verdade sobre 5 das mais assustadoras histórias da internet. E aí, quer mesmo descobrir?

slenderman

1) Slender Man

Sem dúvida uma das mais famosas creepypastas da história, Slender Man causou verdadeiro medo nas pessoas depois de tantos vídeos, fotos e gravações que o retravam em diferentes épocas e lugares. Sua lenda viralizou a ponto de ser usada com inspiração para alguns jogos e há até relatos de sacrifícios que teriam sido feitos em seu nome!

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“Homem esguio”, em tradução livre, seria uma criatura sem rosto, extremamente alta e, como o nome diz, magra, com braços tão longos que, de acordo com alguns depoimentos, chegam a roçar no chão enquanto ele anda. Seu habitat favorito é o interior de florestas densas, geralmente frequentadas por turistas (embora já tenha aparecido em casas e parquinhos infantis), onde se camufla entre as árvores e procura sua presa, de preferência crianças.

Há boatos de que a lenda tenha surgido na Suécia ou em algum outro país europeu no início do século 20, entre muitos outros dados históricos — todos falsos. Na realidade, o que deu origem a ela foi algo muito mais simples: um concurso no fórum “Something Awful”, em 2009, cujo objetivo era alterar fotos e vídeos e jogá-los em fóruns de temas sobrenaturais para causar discussão. O usuário Victor Surge criou o monstro com duas fotos em preto e branco e relacionou com casos de desaparecimentos datados de 1986. Desde que foi discutido no 4chan, começou a se espalhar por toda a internet.

lulamolusco

2) O Suicídio do Lula Molusco

Em 2011, um suposto relato de um dos estagiários de edição do desenho deixou milhares de fãs de Bob Esponja arrepiados: Lula Molusco se suicidaria em um dos episódios programados para a 4ª temporada.

Em um texto bem detalhado, o estagiário revela que ninguém sabia da existência da fita até ele revisá-la, e descreve todos os detalhes macabros da história em que, basicamente, sob efeito de uma maré vermelha, Lula Molusco passa a apresentar sintomas estranhos similares a uma depressão psicótica. Após um concerto de clarinete no qual é vaiado pelo público (algo comum na série e que, até então, não havia abalado seu ego), ele dá um tiro de espingarda em si mesmo.

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Muitos fãs tentaram reconstruir o episódio perdido baseando-se na única foto revelada pelo estagiário com vídeos no YouTube, e praticamente todas incluem o final perturbador com direito a uma sonoplastia nauseante. A foto é esta aqui:

lulamolusco

Ninguém assumiu a identidade do misterioso estagiário, que certamente fez muitas pesquisas para poder escolher as datas incluídas no texto e associá-las com certos problemas da série no período, porém também há muitos furos na história que ferem sua veracidade:

1º: O autor alega que, quando a fita foi descoberta em 2005, o primeiro produtor de Bob Esponja, Stephen Hillenburg, foi chamado para averiguar a situação, o que poderia ter sido verdade em qualquer ano, menos 2005, já que Stephen se demitiu em 2004 e voltou apenas em 2006 como produtor executivo.

2º: Não é preciso uma avaliação minuciosa da imagem para saber que ela foi claramente criada no Photoshop.

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3º: Uma fita inteira ter sido criada em segredo da empresa que faz o desenho e ainda ter sido escondida de toda a equipe de animação e áudio, entre outros profissionais fundamentais, é praticamente impossível.

3) O Mistério da Música de Lavender Town

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=JNJJ-QkZ8cM?feature=oembed&w=500&h=375%5D

No final de 2010, começaram a circular vários rumores sobre uma suposta maldição em uma das versões do jogo Pokémon para Game Boy. Um menino teria morrido ao jogar demais. A notícia se espalhou pelo Orkut e vários fóruns e blogs, e a história — rica em detalhes e contando com provas a princípio muito consistentes — ganhou mais veracidade e inclusive atrapalhou as vendas do jogo.

O trecho de Lavender Town é uma rota em que se encontra uma das menores cidades do jogo, onde podemos ver um prédio chamado Pokémon Tower. Lá são depositados os restos mortais de todos os Pokémon que morrem e depois viram fantasmas, assombrando o local. Talvez não seja o suficiente para assustar, mas a música do cenário é tão triste e mórbida que é impossível não sentir um calafrio.

A questão é que teriam sido encontradas frequências estranhas na música — chamadas de batidas binaurais, que consistem em frequências inaudíveis aos seres humanos — e que, de acordo com a ciência, poderiam realmente causar danos psicológicos às crianças.

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Quando o som foi avaliado em um espectograma, para a surpresa de todos, os sons realmente formaram um fantasma. Ao lado dele, apareciam os dizeres “Leave Now” escritos com pokémons Unown (que nem tinham estreado nessa época), o que apenas aumentou a apreensão acerca das mortes. Veja abaixo.

lavendertown

Mesmo depois dessas provas, você acredita que tudo não passa de mentira? Bem, você está certo.

Em primeiro lugar: as batidas binaurais são estudadas pela ciência há muito tempo, e inclusive usadas para terapia, mas não existe uma comprovação de que os efeitos delas possam ser maléficos a todas as pessoas, pois nossos cérebros reagem de maneiras diferentes a frequências diferentes, algo que varia de pessoa para pessoa. Então não, batidas binaurais não causariam o mesmo efeito em várias pessoas diferentes, e muito menos as matariam. No máximo, poderiam causar mal estar ou incômodo.

Quanto às imagens no espectograma, isto é uma prática bem comum entre artistas, que inclusive colocam easter eggs nas próprias músicas usando determinadas frequências, escrevendo frases ou mesmo desenhando com elas, simplesmente utilizando programas que convertem imagens em sons. Sim, isso é possível! Veja abaixo a imagem que o músico Richard D. James, único integrante da banda Aphex Twin, escondeu na música “Equation”:

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aphextwinequation

O som parece ficar mais sinistro depois de um tempo, e, coincidentemente, é no mesmo momento em que o fantasma e os Unowns aparecem no programa. Logo depois, a música volta ao normal, com algumas alterações de tons, apenas para assustar as pessoas, e os desenhos desaparecem. Tudo não passou de uma alteração muito bem feita.

De acordo com Rafael Fernandes, do site passagemsecreta.com, o autor da creepypasta provavelmente pegou os sprites do fantasma da cidade de Lavender e dos pokémons Unown, montou uma imagem e então converteu tudo em sons com um programa, editou a música acrescentando os sons do jogo e finalmente gravou o vídeo passando sua composição pelo espectograma.

bonecas

4) As bonecas humanas da Deep Web

Poucos sabem, mas as alegações de venda de bonecas humanas feitas por meio da Deep Web são uma creepypasta (ao menos, esperamos que tenha parado aí).

O texto misógino que vem enojando milhares de pessoas ao redor do mundo — e agradando sádicos na mesma proporção — relata o comércio de meninas de 8 a 10 anos de países do Leste Europeu, que são transformadas em bonecas sexuais a partir da remoção de seus dentes, cordas vocais, braços e pernas, substituídos por próteses de silicone ao agrado do comprador. “As meninas não podem ir embora, não podem resistir, não podem dizer nada, pois elas estão lá apenas para a sua diversão” declarou o autor, que se diz cirurgião.

As bonecas teriam uma faixa de preço entre 30 e 40 mil dólares e viriam até com um manual de instruções para que seus “donos” soubessem como mantê-las.

Como garantir que algo assim não é real, considerando como o mundo está hoje? Realmente não se pode garantir que não haja tráfico de crianças para fins sexuais, mas, quanto às bonecas para fins comerciais, é improvável.

Em primeiro lugar, todos os procedimentos listados pelo médico custariam aproximadamente 200 mil dólares. Se você está interessado em dinheiro, o preço cobrado deveria incluir seu lucro, o que não é o caso. Além disso, a entrada e circulação pelo Leste Europeu é muito mais burocrática do que na União Europeia, pois, devido a conflitos étnicos, religiosos e territoriais, a entrada nesses países se torna mais complicada.

Instituir um comércio assim exigiria a circulação de crianças entre esses países, o que é um processo burocrático e demorado. Seria preciso a corrupção conjunta e sincronizada de várias instituições para conseguir isso de forma contínua. Avaliando esses pontos, vemos que não há nenhuma vantagem no ofício do suposto Doll Maker.

obedecealamorsa

5) Obedece a La Morsa

Um vídeo perturbador intitulado “Obedece a La Morsa” começou a circular na internet em 2007, e, teoricamente, continha mensagens subliminares de uma organização satânica chamada The Walrus. As reações para as imagens, que duram pouco mais de um minuto, variam entre medo, dó e enjoo, e sem dúvida o vídeo não é recomendado para pessoas facilmente impressionáveis.

Mas o que poucos sabem é que esse nunca foi o objetivo do vídeo original. “Obedece a La Morsa” na verdade usa trechos do filme independente The Goddess Bunny, de 1990, que captura muito do cenário gay underground de Los Angeles. A dançarina vista no vídeo e que deu nome ao filme é na verdade Johnnie Baima, um homem que trabalha como drag queen e possui um passado triste, que inclui poliomelite e tratamento negligente de médicos, abandono pelos pais e abusos sexuais nos orfanatos onde viveu.

Quando ficou mais velho, Johnnie começou a trabalhar como drag e deu início a uma carreira de sucesso. Ele atuou em clipes musicais (incluindo o famoso “Dope Snow” de Marilyn Manson) e peças de teatro e modelou muitos trabalhos artísticos. Hoje Goddess Bunny vive em um asilo em Inglewood, Califórnia.

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