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Ler 50 tons de cinza faz mal às mulheres

Por Carol Castro
Atualizado em 21 dez 2016, 09h59 - Publicado em 22 ago 2014, 13h45

50tons

A história de amor submisso entre Anastasia Steele e Christian Grey deixou milhões de leitoras apaixonadas pelo milionário protagonista. Mas, francamente, a trilogia “Cinquenta tons” está bem longe de ser um primor da literatura mundial. Diálogos pobres, descrições cafonas e uma boa dose de machismo. Isso não deve fazer muito bem a ninguém mesmo.

E a ciência confirma: realmente não faz bem – mas, ok, isso nada tem a ver com a qualidade literária do romance. A começar pela personagem Anastasia. Um estudo liderado por Amy Bonomi e outros pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan analisou o relacionamento dos dois e comparou com os padrões que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), um braço do órgão de saúde do governo americano, considera como violência interpessoal. E, segundo eles, o namoro é “emocionalmente abusivo, caracterizado por perseguição, intimidação e isolamento”. As consequências disso? Anastasia sofre de estresse, distúrbio de identidade e sensação de impotência.

A pesquisadora Amy Bonomi ainda extrapolou o mundo da ficção e quis saber se esse romance doentio influencia as leitoras. Ela e sua equipe entrevistaram 655 mulheres, entre 18 e 24 anos, para saber sobre os hábitos alimentares, vida sexual e consumo de álcool. Entre elas, 33% haviam lido pelo menos um livro da trilogia.

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E, bem, as leitoras do best-seller costumavam relatar mais envolvimento com namorados violentos, distúrbios alimentares e se embriagavam com mais frequência. Elas também tendiam a ter mais parceiros sexuais do que as outras.

Pode até ser que a culpa não seja do romance em si. Talvez esse seja só o tipo de público que se sinta mais atraído pelo enredo… Mas é evidente que um best-seller mundial acaba influenciando o comportamento de um monte de gente pelo mundo.

“Representações problemáticas da violência contra a mulher na cultura popular, tanto em filmes, romances, música ou pornografia, criam uma narrativa social que normaliza esses riscos e o comportamento das mulheres”, diz o estudo. “A pesquisa mostra uma forte relação entre a saúde das mulheres e o consumo do livro. Entre as que já experimentam algum comportamento de saúde adverso (ex: distúrbio alimentar), ler 50 tons pode reafirmar essas experiências e agravar o trauma. Já as mulheres saudáveis podem passar a achar normal esse tipo de comportamento”, conclui.

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Obrigada, ciência.

Crédito da foto: flickr.com/kt

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