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Estudos científicos e reflexões filosóficas para ajudar você a entender um pouco melhor os outros e a si mesmo. Por Ana Prado
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Por que algumas vezes aceitamos um amor não correspondido e outras vezes não?

Por Ana Carolina Prado
Atualizado em 21 dez 2016, 09h50 - Publicado em 10 nov 2011, 18h06


Mais um dilema da psicologia parece ter sido solucionado – e mais uma vez a SUPER dá uma forcinha para ajudar na recuperação de corações partidos. Mas, para isso, vamos começar do começo.  Alguns estudos científicos sugerem que, quando algo é tirado de nós por motivo de força maior (uma lei, o fim de um relacionamento, uma restrição médica etc.), nosso cérebro nos faz acreditar que a nova situação vai ser boa. Outros estudos, porém, descobriram que as pessoas na verdade reagem negativamente e passam a querer a coisa proibida mais do que nunca. Qual dos lados está certo?

Na prática, sabemos que as duas coisas podem ocorrer. Mas o que vai determinar se será de um jeito ou de outro? Um estudo da Universidade de Waterloo (Canadá) e da Universidade Duke (EUA), publicado no jornal Psychological Science, sugere algo interessante: temos a tendência de nos rebelar contra uma regra ou situação quando achamos que ela não é definitiva – e a aceitamos mais facilmente quando ela parece ser pra valer.

Isso vale para qualquer situação, incluindo um amor não correspondido ou o término de um relacionamento. O que nos leva ao nosso assunto principal. Kristin Laurin, uma das autoras do estudo, explicou ao Psychological Science: “Se é uma restrição contra a qual eu realmente não posso fazer nada, então não teria nenhum sentido ficar batendo minha cabeça contra a parede tentando lutar contra isso. Seria melhor simplesmente desistir”. Porém, se existe a possibilidade de dar um jeito na situação, nosso cérebro faz com que queiramos ainda mais a coisa que nos foi proibida, para nos motivar a lutar por ela. É por isso que algumas vezes persistimos em um amor não correspondido e outras vezes desencanamos rápido.

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O experimento

Para esse estudo, os voluntários leram um texto que dizia que o governo havia decidido reduzir os limites de velocidade nas cidades porque isso aumentaria a segurança da população. Mas um grupo foi informado de que essa lei iria entrar em vigor com certeza; outros, que isso provavelmente iria acontecer, mas que ainda havia uma pequena chance de ela ser derrubada.

Os maiores apoiadores da lei faziam parte do grupo que achava que o limite de velocidade iria ser reduzido definitivamente. E o grupo que acreditava que ainda havia uma possibilidade de isso não acontecer foi o que menos apoiou, com índices abaixo do grupo controle.

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Amor não correspondido

Para Laurin, isso confirma que, se uma restrição é definitiva, as pessoas acabam encontrando uma maneira de viver com ela. E isso explicaria nossa reação a um amor não correspondido. Se a pessoa te dá uma negativa, mas você percebe sinais de que ela pode vir a mudar de ideia, seu cérebro não entende isso como um “não” absoluto. Antes, você vai nutrir a ideia de que pode fazê-la mudar de ideia – e isso só vai fortalecer o seu desejo e sentimento, fazendo-o acreditar que precisa lutar para alcançar o objetivo. Mas, se sentir que o “não” foi definitivo, seu cérebro vai acabar se convencendo de que você não gosta da pessoa tanto assim e vai desencanar. O mesmo acontece com o fim de um namoro e pode nos ajudar a entender por que alguns levam poucos meses para esquecer o coração partido, enquanto outros chegam a levar anos. É claro que há outros aspectos envolvidos, como o tempo e a intensidade do namoro e muitas outras coisas. Mas uma coisa é certa: se você achar que tem chances de voltar com o relacionamento, vai demorar mais para superá-lo. Fins definitivos podem doer, mas o seu cérebro vai te dar uma ajudinha nesse caso.

(Via Psychological Science)

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