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5 monstros aquáticos da época dos dinossauros

Algumas das criaturas mais ferozes e impressionantes daquele tempo viviam nos mares. Elas evoluíram e acabaram muito parecidas com os golfinhos modernos

Por Salvador Nogueira
Atualizado em 18 nov 2022, 17h10 - Publicado em 28 fev 2019, 16h07

Apesar da grande extinção que aconteceu logo antes da era dos dinossauros, algumas criaturas marinhas mostraram incrível capacidade de adaptação e sobrevivência às novas circunstâncias. Entre elas figuram os tubarões.

Sim, eles já existiam há muito tempo. Os mais antigos fósseis de tubarões e raias remontam a quase 420 milhões de anos atrás e esses animais ainda existem atualmente. Ou seja, apesar de uma grande perda de diversidade a cada episódio de extinção maciça, a família seguiu adiante.

Na mesma época em que os dinossauros iniciaram seu reinado sobre os continentes, no mar, esses peixes carnívoros com esqueleto cartilaginoso estavam com tudo. Uma das espécies mais comuns era a do gênero Hybodus. Uma olhada superficial não deixa enganar: é um tubarão. Mas os paleontólogos enxergam algumas diferenças, como o formato dos dentes e das nadadeiras.

Naquele período, alguns répteis também se arriscaram a promover a exploração do mar. Uma das mais notórias criaturas eram os notossauros, que deviam viver mais ou menos como as focas modernas. Eles iam ao mar para caçar peixes e retornavam à terra para descansar. Alguns deles tinham patas com garras, um sinal de que podiam ainda caminhar fora d’água.

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Contudo, outras espécies de répteis tiveram uma adaptação mais completa ao ambiente marinho naquela mesma época. Era o caso dos ictiossauros, um grupo que durou até a extinção dos dinossauros e mais lembrava golfinhos que lagartos.

Aliás, trata-se de um caso encantador do que os biólogos costumam chamar de evolução convergente. Em essência, esse fenômeno mostra que a natureza pode encontrar a mesma solução evolutiva diversas vezes.

Os ictiossauros, por exemplo, tinham uma nadadeira na cauda, à moda dos golfinhos, davam à luz seus bebês em vez de botar ovos, como os golfinhos, e precisavam subir à superfície para respirar, como os golfinhos. Apesar de todas essas similaridades, ictiossauros e cetáceos não poderiam estar mais distantes na árvore genealógica da vida. Os primeiros são répteis, os segundos, mamíferos.

Por fim, encontramos nos mares do período Triássico os fitossauros – grupo que representa os ancestrais dos modernos crocodilos. Uma primeira olhada não deixa dúvida do parentesco, mas os pesquisadores enxergam algumas diferenças importantes. A anatomia do tornozelo dos fitossauros é mais primitiva do que a de seus primos modernos, e essas criaturas antigas também não tinham uma estrutura chamada palato ósseo secundário, no interior do crânio. Nos crocodilos modernos, é o que lhes permite respirar mesmo com a boca cheia d’água. E as narinas dos fitossauros ficam mais perto dos olhos, no topo da cabeça; nos crocodilos, elas se localizam mais à frente.

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De todas essas criaturas, os fitossauros eram os que estavam evolutivamente mais próximos de seus primos famosos – os dinossauros.

5 monstros aquáticos

Mixossauro

Monstros aquáticos
(Rodolfo Nogueira/Superinteressante)

O mixossauro era um dos menores ictiossauros já encontrados. Ele nadava ao balançar sua cauda lateralmente, talvez dando uns “piques” momentâneos para surpreender cardumes e obter uma refeição mais facilmente. O animal tinha um focinho comprido e dentes afiados. Quase um “golfinho-bonsai”.

Shonissauro

Monstros aquáticos
(Rodolfo Nogueira/Superinteressante)

Até agora, é o maior réptil marinho já descoberto na história da Terra. Membro do grupo dos ictiossauros, o shonissauro parecia um cruzamento entre uma baleia e um golfinho. O focinho era longo, mas o dorso era inchado e bem grande. A ausência de dentes nos adultos sugere que ele mergulhava a grandes profundidades para se alimentar de lulas.

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Notossauro

Monstros aquáticos
(Rodolfo Nogueira/Superinteressante)

O notossauro tinha dentes muito longos e afiados para capturar peixes. A arcada superior e a inferior se alinhavam para formar uma jaula, prendendo as presas na boca. O animal tinha um pescoço longo e musculoso, que permitia amplos movimentos da cabeça para pegar peixes em trânsito. A cauda se movia para propeli-lo pela água. As quatro patas eram mais adaptadas para caminhar em terra do que propriamente nadar.

Hybodus

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Monstros aquáticos
(Rodolfo Nogueira/Superinteressante)

Essas criaturas, que em muito lembram os tubarões modernos, provavelmente eram predadores oportunistas. Não muito grandes, eles possuíam duas nadadeiras laterais que ajudavam a direcionar o nado com precisão. Tinham dois tipos de dentes: afiados na frente e cegos na parte de trás da boca. Os primeiros ajudavam a consumir presas como peixes. Já os outros eram úteis para tarefas como quebrar conchas.

Rutiodonte

Monstros aquáticos
(Rodolfo Nogueira/Superinteressante)

O rutiodonte é um fitossauro que se parecia muito com um crocodilo moderno. Ele tinha os dentes dianteiros alargados e um focinho bem estreito, como o de uma espécie atual chamada gavial. A exemplo dele, o rutiodonte provavelmente caçava peixes e também podia apanhar pequenos animais terrestres na beira da água. Suas costas, flancos e cauda eram cobertos por placas ósseas blindadas, novamente lembrando muito seus parentes modernos.

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