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571 espécies de plantas foram extintas nos últimos 250 anos

Pesquisadores mostram que as plantas estão desaparecendo 500x mais rápido que o normal — graças aos humanos.

Por Maria Clara Rossini
Atualizado em 24 jun 2019, 16h41 - Publicado em 12 jun 2019, 18h17

Pesquisadores conduziram o primeiro grande estudo para analisar a quantidade de plantas extintas nos últimos séculos. Os resultados foram assustadores: 571 espécies desapareceram desde 1750, o que representa uma média de duas plantas extintas por ano. Os dados foram publicados na revista científica Nature.

O choque não é em vão: até então, a pior estimativa afirmava que cerca de 150 espécies vegetais haviam sido extintas nesse período. O número era baseado na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, produzida pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais. Acontece que essa lista costuma focar mais nos animais do que nas plantas, o que acabou fornecendo uma estimativa bem distante das conclusões da nova pesquisa.

O cálculo mais recente foi feito com base em estudos sobre a presença de plantas no mundo ao longo dos anos. Apesar do alto número de extinções, os cientistas acreditam que a realidade seja pior ainda. Algumas partes do planeta ainda são pouco estudadas em termos de biodiversidade. Por isso, é provável que ainda mais plantas estejam funcionalmente extintas — ou seja, o número de espécimes é tão baixo que não há mais chances que eles se reproduzam para repovoar a espécie.

A extinção de plantas é mais que o dobro do número de mamíferos, aves e anfíbios desaparecidos. As maiores perdas ocorreram no Havaí (79 espécies) e na África do Sul (37 espécies). Brasil, Austrália, Índia e Madagascar também estão entre as regiões afetadas.

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Os resultados cobrem o período após a primeira Revolução Industrial, que ocorreu na segunda metade do século 18. Segundo os pesquisadores, a taxa de extinção é 500 vezes maior do que seria esperado ocorrer naturalmente, sem a intervenção humana.

Ao longo dos anos, muitas espécies que são consideradas extintas podem acabar sendo redescobertas ou reclassificadas. A cientista Aelys Humphrey, uma dos autoras do estudo, diz que é possível que algumas dessas plantas sejam encontradas novamente, mas as chances são pequenas. Mas a maioria das 571 espécies extintas já desapareceram há muito tempo.

Os pesquisadores ressaltam que a extinção de plantas não recebe tanta atenção quanto os animais, então ela acaba sendo subestimada. Apesar de essenciais para o ecossistema e para a sobrevivência humana, elas ficam em desvantagem por não serem tão fofas e chamativas quanto os animais.

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