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A nova joia da astronomia

O telescópio Hubble vai se aposentar em 5 anos, e a Nasa já prepara um sucessor, mais potente e complexo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h51 - Publicado em 12 fev 2011, 22h00

Durante praticamente duas décadas, o telescópio espacial Hubble reinou soberano como a mais valiosa e versátil ferramenta orbital lançada pela Nasa. Além de maravilhar o público com suas imagens espetaculares do Universo, ele ajudou os cientistas a revelar os mais profundos segredos do Cosmos. Mas, claro, ainda sobrou muita coisa para fazer, e o Hubble não vai durar para sempre – sua aposentadoria está marcada para 2014.

Para substituí-lo, a agência espacial americana já está desenvolvendo um novo satélite. E, embora seja visto como um sucessor, o telescópio espacial James Webb será bem diferente do Hubble. A começar pelo nome, que não saiu de um cientista, mas do segundo administrador da Nasa, que comandou a agência durante o governo Kennedy e ajudou a assegurar a vitória americana na corrida espacial.

Diferentemente do Hubble, o James Webb não está sendo projetado para passar por visitas periódicas de astronautas para manutenção e reparo. Isso quer dizer que ele terá de funcionar – e bem – sem intervenção humana durante toda a sua missão, prevista para durar pelo menos 5 anos e, idealmente, 10.

O telescópio terá um espelho de 6,5 metros, composto de pétalas haxagonais que serão abertas apenas no espaço. E ele estará bem mais longe da Terra que o Hubble. Seu “local de trabalho”, por assim dizer, será num dos chamados pontos de Lagrange do sistema Terra-Sol. Os pontos de Lagrange são locais em que a gravidade de dois corpos se anulam, gerando um “estacionamento natural” para espaçonaves. No local escolhido, o James Webb estará a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, que por sua vez ocultará o Sol de seus espelhos, facilitando as observações.

Enquanto o Hubble trabalhava principalmente com luz visível (aquela que podemos enxergar), o James Webb usará o infravermelho – frequência de luz que facilitará o estudo de planetas fora do sistema solar e sistemas planetários em formação. Além disso, a meta do novo telescópio será revelar as primeiras estrelas e galáxias do Universo e como elas evoluíram para formar o Cosmos atual. O novo projeto, que não será lançado antes de 2014, tem custo total estimado de cerca de US$ 5 bilhões.

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