Alface doce e tomate diet
Vários pesquisadores do mundo inteiro estão transferindo os genes entre plantas e, com isso, obtendo uma alface doce, um tomate diet ou mesmo uma batata-doce sem amido.
Daqui a alguns anos, quando for à feira, a dona de casa poderá escolher entre a alface tradicional e outra, adocicada. Ou então, uma nova versão diet. A previsão é do geneticista americano Phillip John, da Universidade de Berkeley, que conseguiu transferir, pela primeira vez com sucesso, genes de plantas tropicais, como a cana-de-açúcar, para células de alface e tomate. O gene estranho desencadeia a produção de um composto chamado monellin, que, apesar de doce, não esbanja calorias como o tomate comum. O cientista americano não está sozinho na corrida da engenharia genética. Pesquisadores do Instituto de Genética de Berlim, Alemanha, colocaram na batata-doce um intruso que inibe a produção da enzima ADP-glicose pirofosforilase. Essa enzima, normalmente, converte sacarose (açúcar) em amido. Como é barrada pelo novo gene, este preserva o açúcar, em vez de reduzir a sua produção.