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Armageddon: NASA vai impactar um asteroide para evitar o apocalipse

Começará com um teste: usar uma nave para mudar a trajetória de um asteróide, numa ação em parceria com a Agência espacial europeia.

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 4 nov 2016, 18h59 - Publicado em 1 out 2015, 17h45

A questão não é “se”. É “quando” um asteroide vai bater de novo no planeta e causar uma extinção em massa – muito provavelmente marcando o fim da odisseia de um mamífero desengonçado da ordem dos primatas, o Homo sapiensOs astrônomos estimam que existam pelo menos 1,1 mil desses bólidos perigosos, com 1 km de diâmetro ou mais passando rotineiramente pelas redondezas da Terra – todos com o potencial de causar uma catástrofe planetária. A qualquer momento. 

Exato. Se um asteroide parrudo estivesse vindo agora mesmo em nossa direção (como diziam alguns boatos furados na internet em setembro), estaríamos de mãos tão atadas quanto os dinossauros estavam há 60 milhões de anos. Porque desviar asteroides no braço é algo frequente no cinema, mas nunca nem remotamente testado na vida real. Só que essa história pode mudar logo. Cientistas da NASA e e da ESA, a agência espacial europeia, anunciaram nesta quinta que estão montando uma sociedade para defender o planeta desses bólidos. Eles finalmente vão tentar mover um asteroide, para testar a nossa capacidade de alterar a trajetória de um objeto desses. Como se trata de um teste, o alvo agora não é exatamente um asteroide de grandes proporções, mas uma “minilua”. Esta aqui, nesta imagem com direito a close da superfície, feita pela ESA:

A missão, de nome AIDA (Avaliação de Impacto e Desvio de Asteroide), vai ser dividida em duas partes. Primeiro, a ESA vai lançar uma nave (a Aim) em 2020, que, em dois anos pretende alcançar o asteroide Didymos, de 750 metros de diâmetro, e seu satélite, a minilua apelidada de “Didymoon”, de apenas 160 mestros. Chegando lá, a nave vai investigar a estrutura interna do satélite mirim.

Depois, é a vez de a NASA entrar em ação: em 2022, a agência americana vai lançar a nave (a Dart) destinada a colidir com Didymoon, sob vigilância da Aim. Assim que o “dardo” (Dart) acertar o “alvo” (Aim), vão alterar a órbita da pedra, e a Aim irá monitorar as consequências.

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“Para proteger a Terra de possíveis impactos perigosos, nós precisamos entender muito melhor os asteroides – do que eles são feitos, sua estrutura, origens e como eles respondem a colisões. A AIDA vai ser a primeira missão a estudar um sistema binário de asteroides, assim como o primeiro a testar se podemos desviar um asteroide através do impacto com uma nave espacial”, disse o líder da parte europeia do projeto, Patrick Michel, numa entrevista ao site Phys.org.  

Você pode ver aqui um vídeo oficial em inglês, em que a ESA mostra exatamente como o imapcto vai ocorrer. Se tudo der certo, mandam o Bruce Willis na próxima – brincadeira, infelizmente.

 
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