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As bactérias dos seus pés revelam quem é seu cônjuge

Você compartilha uma imensa colônia de bactérias com seu amor – tão grande que, no laboratório, dá para adivinhar que vocês são um casal em 86% dos casos

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 ago 2017, 15h33

Não sinta saudades: você sempre carrega um pedacinho do seu amor por aí, mesmo quando vocês não estão juntos. Não, não é aquele lindo colar de aniversário de namoro. Nem um pedaço de bolo feito com carinho.

Estamos falando é de uma enorme colônia de bactérias, compartilhadas na saúde e na doença. Elas têm especial predileção pelos pés – sim, aquele aromático cantinho do dedão –, mas também se concentram nas pálpebras e até na poeirinha do umbigo. Haja amor!

Uma análise comparativa da microbiota de dez casais revelou que em 86% dos casos é possível adivinhar, só com base nas criaturinhas microscópicas, quem andou bagunçando os lençóis com quem. Para a infelicidade dos detetives conjugais, os cientistas responsáveis não pensam em usar a técnica para desmascarar adultérios.

Para a pesquisa, foram selecionados 17 pontos de coleta, entre eles as axilas, as coxas, as narinas e as palmas das mãos. Para o alívio dos pesquisadores, os voluntários se responsabilizaram por fornecer a “matéria-prima” do estudo já coletada em 330 swabs estéreis – nome técnico dos longos cotonetes usados nesse tipo de estudo. Nosso corpo é revestido por, em média, 1,75 m2 de pele, e cada centímetro quadrado pode conter algo entre 1 milhão e 1 bilhão de bactérias. Ou seja: as evidências de que você divide a casa com alguém estão até nos ressecados cotovelos.

A parte interna das coxas, concluíram os cientistas, é a região mais insuspeita: 89,7% das bactérias ali são suas, e só suas. Em 100% dos casos o computador foi capaz de adivinhar o sexo biológico do analisado só com amostras retiradas ali – de forma irônica, suas pernas só dizem quem você é, e não com quem você anda. É importante destacar que o estudo só analisou casais heterossexuais – as conclusões não podem ser generalizadas para casais LGBT, uma problema que, de acordo com o New York Times, será resolvido nos próximos testes.

A região que mais contém bactérias do parceiro (30% a 40%) são os pés. A explicação é curiosa: nossa pele está em constante reciclagem, e pequenos fragmentos dela caem no chão o tempo todo. Conforme andamos pela casa descalços, é inevitável que nossos pés entrem em contato com micro-organismos que acabam de cair de nossos parceiros. Outro pedaço dedo-duro do corpo é o peito, provavelmente por causa do contato com a roupa de cama compartilhada durante a noite.

Quando são consideradas todas as bactérias, e não só as que pertencem a você ou ao seu cônjuge, a parte de fora do nariz é campeã – mais da metade das bactérias encontradas ali foram adotadas andando por aí nesse mundão. Mas não precisa ter nojo: essas bactérias em geral são inofensivas. Algumas são até benéficas, e impedem que micro-organismos causadores de doenças montem acampamento na sua superfície.

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