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Bactérias se comunicam do mesmo jeito que os nossos neurônios

A descoberta não altera apenas o modo como cientistas enxergam as bactérias; altera também o modo como veem o nosso cérebro

Por Ana Luísa Fernandes
Atualizado em 4 nov 2016, 19h01 - Publicado em 27 out 2015, 16h30

cerebro bacteria

Um novo estudo aponta que bactérias têm um sistema de comunicação muito mais sofisticado do que o esperado. A pesquisa foi realizada em biofilmes ou “placas” bacterianas que formam o tártaro – sim, aquele que se aloja nos dentes. Esses aglomerados são extremamente resistentes a antibióticos e a outros químicos, o que os coloca no topo da lista de grandes preocupações médicas. A comunicação entre as bactérias é feita por meio de canais iônicos, as mesmas estruturas envolvidas na comunicação entre neurônios.

No biofilme, as bactérias são capazes de resolver conflitos dentro da comunidade assim como as sociedades humanas. Foi descoberto que quando as placas crescem até um certo tamanho, as células de fora, que têm acesso irrestrito aos nutrientes do ambiente externo, param de crescer para permitir que o “alimento” seja enviado também para as bactérias mais ao centro da colônia. Assim, a estrutura se mantém viva e resiste aos antibióticos. Essas oscilações no tamanho do biofilme (veja abaixo) requerem grande coordenação entre as bactérias periféricas e as centrais, o que levou os pesquisadores a imaginar que essa comunicação era feita de forma eletroquímica.

 

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Os experimentos revelaram que as oscilações no tamanho da membrana conduziam sinais elétricos de longo alcance dentro do biofilme. Conforme a energia se propagava, a atividade metabólica das bactérias era coordenada. Quando os canais iônicos eram deletados das bactérias, a placa não era capaz de conduzir os sinais elétricos e se desordenava.

Gürol Süel, líder do projeto, declarou que “assim como os neurônios do nosso cérebro, descobrimos que as bactérias usam canais iônicos para comunicação entre si, por meio de sinais elétricos. Desse jeito, a comunidade bacteriana dentro dos biofilmes parece funcionar como um ‘cérebro microbiano’”.

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