O primeiro passo é um banho de nitrogênio líquido, a 96 graus abaixo de zero. Depois se quebra o corpo congelado do verme para fazer um molde da fratura em liga de platina e carbono. “A precisão é tão boa que dá para analisar as moléculas da pele”, diz o biólogo molecular Wanderley de Souza, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele quer entender os anéis que envolvem e protegem os nematóides, uma enorme categoria de vermes, de 500 000 espécies. Um deles, a Wucheria bancrofti, provoca elefantíase em 100 milhões de pessoas na América, Ásia e África. Souza acha que pode inutilizar os anéis e assim bloquear a ação da praga.