A longínqua cidade de Tashkent, no Usbequistão, sul da União Soviética, onde o sol brilha 300 dias por ano, foi o local escolhido para abrigar a primeira helioestação do país. Ali, utilizando apenas a energia solar, já se começou a produzir materiais puros e refratarios como titanato de alumínio, alumina e óxido de magnésio. A partir daí, os cientistas esperam fabricar em grande escala, com um grau de pureza quase absoluto, materiais que em laboratórios são obtidos apenas em quantidades irrisórias. A gigantesca helioestação tem uma concha parabólica de 54 metros de altura em forma de vela e 62 espelhos móveis. Controlados automaticamente, acompanham o Sol como se fossem girassóis e dirigem os raios para o espelho côncavo que os concentra na fornalha, obtendo temperaturas de até 3 mil graus. Assim, se alguém caminhar até o final do campo que abriga a estação e olhar para trás, terá diante de si um espetáculo único: a impressão de que 100 mil sóis brilham no céu ao mesmo tempo.