Camuflagem animal: fantasia para todo lugar e hora
Muitos animais empregam uma estratégia de camuflagem que consiste em mudar a cor do corpo até torná-la parecidíssima com o ambiente à sua volta. Mas isso tem limites. Pense num camaleão fugindo de um predador. Ele jamais será capaz de ficar com a pele xadrez. No máximo, consegue se confundir com o verde das folhas ou o marrom dos galhos típicos de seu habitat. Mas existe um estranho animal que imita qualquer estampa. O peixe cherne, ou rodovalho, da espécie Bothus ocellatus, habitante dos mares tropicais, cria as mais diversas combinações – de um tabuleiro de xadrez a um tecido de bolinhas. A troca de fantasia não leva mais do que oito segundos. Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, esse peixe possui seis tipos de “marcadores” que trabalham de maneira independente. Eles registram a cor e a textura do fundo, alterando a tonalidade dos pigmentos por todo o corpo.