Chuva de estrelas cadentes acontece nesta madrugada
Ela será mais expressiva no hemisfério norte, mas vai dar para ver daqui.
Todo ano chega agosto, e a empolgação pela chuva de estrelas cadentes começa. Os meteoros chamados Perseidas são visíveis no mundo todo a cada mês de agosto – e o pico de atividade vai ser nas primeiras horas do próximo sábado, dia 12.
Todo ano, entre 17 de julho e 24 de agosto, a órbita da Terra se aproxima da trilha de detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle. Os detritos congelados se movem em direção à atmosfera terrestre com a velocidade de 210 mil km/h, iluminando o céu noturno. Às vezes, quando o fluxo de detritos é movido para mais perto da nossa órbita, encontramos uma quantidade maior de gelo e poeira – e aí temos explosões de chuvas de meteoros, como em agosto de 2016.
Infelizmente, não é o caso deste ano. O fenômeno das Perseidas tende a ser mais discreto. Mesmo em seu pico, serão 80 a 100 meteoros se movendo no céu por hora, metade da frequência do ano passado. Parte desses meteoros nem estará visível: a luz da lua minguante deve ofuscar os menos iluminados.
Quem está ao norte do Equador vai estar em posição privilegiada para observar a chuva, do entardecer da sexta-feira até as primeiras horas do sábado. Já para a maior parte do território brasileiro, a observação deve ser mais limitada. No hemisfério sul, a chuva começa a partir da meia noite. Os melhores horários na região sudeste do Brasil serão entre 3h e 6h da manhã de sábado.
Para quem está afim de madrugar, o ideal é buscar espaços abertos e altos, em que a maior área possível de céu pode ser vista. Além da lua, a poluição visual das luzes da cidade também tendem a dificultar a observação.
Por último, tenha paciência: 60 meteoros por hora pode parecer muito, mas é uma média que leva em conta até os detritos que não vão ser vistos na luz da lua. Esteja preparado para, no máximo, um momento de empolgação para cada dois minutos de tédio (ou então, vá dormir e assista vídeos no dia seguinte).