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Ciência é coisa para jovens?

A frase virou uma das mais polêmicas e menos comprovadas já ditas por ele, mas uma nova pesquisa indica que até nesse ponto ele pode ter razão.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h46 - Publicado em 31 ago 2003, 22h00

Edward Pimenta Jr.

Em 1942, o físico alemão Albert Einstein disse que quem não deu sua contribuição à ciência antes dos 30 anos provavelmente não o fará mais. A frase virou uma das mais polêmicas e menos comprovadas já ditas por ele, mas uma nova pesquisa indica que até nesse ponto ele pode ter razão. Um estudo publicado no mês passado analisou a biografia de 280 grandes cientistas e anotou a idade que tinham ao fazer seus principais trabalhos. Em dois terços dos casos, o auge da produção intelectual ocorreu por volta dos 30 anos.

A pesquisa – feita pelo psicólogo japonês Satoshi Kanazawa, da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia – trouxe outro dado curioso: um quarto dos cientistas fizeram suas mais importantes descobertas pelo menos cinco anos antes de casar. Para o psicólogo, as idéias geniais seriam mais comuns em jovens solteiros por causa da busca por sexo. Ele diz que a competição entre homens jovens – à procura de sucesso e da atenção das mulheres – é o combustível da produção científica. Ou seja, tudo seria uma questão de testosterona. Depois de casados, a criatividade diminuiria tanto quanto os níveis desse hormônio. “Os casados desistem logo de suas carreiras, enquanto os solteiros produzem até mais tarde”, diz Kanazawa.

A pesquisa, entretanto, não prova que um cientista aos 40 anos tenha tanta chance de estar no auge quanto um lateral esquerdo da mesma idade. Existem vários exemplos de grandes descobertas feitas em idades avançadas. Apesar da testosterona continuar a impulsionar os pequenos gênios, é provável que as descobertas feitas atualmente precisem de pesquisadores mais maduros. Afinal, qualquer avanço científico hoje requer um conhecimento maior do que 100 anos atrás. “Atualmente os trabalhos exigem grande reflexão e as publicações têm demandado mais tempo”, diz o físico Luiz Nunes de Oliveira, pró-reitor de pesquisa da Universidade de São Paulo. Ou seja, talvez até Einstein precisasse de uns anos a mais de estudo se tivesse que fazer hoje suas teorias.

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