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Cientistas descobrem estratégia para tornar agricultura em Marte viável

Revestimento de aerogel cria efeito estufa artificial capaz de possibilitar o cultivo e auxiliar na sobrevivência de humanos no Planeta Vermelho.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 15 jul 2019, 19h06 - Publicado em 15 jul 2019, 17h33

Por mais ambiciosos que sejam os planos de colonização de Marte, todos eles esbarram em um grande problema: ainda não sabemos como garantir que exploradores espaciais sobrevivam às hostis condições do planeta vermelho. Mas propostas mais robustas tem surgido com o tempo. Um trio de cientistas dos Estados Unidos e do Reino Unido publicou nesta segunda (15) um estudo que pode se mostrar um importante aliado na exploração espacial.

Eles descobriram uma tecnologia que promete permitir uma verdadeira transformação na superfície do mundo vizinho. De fria e árida, ela passaria a ser mais quente e úmida, graças a um efeito estufa produzido artificialmente. De quebra, o material miraculoso ainda ajudaria a barrar a nociva radiação ultravioleta do Sol, deixando passar só a luz visível que sustenta a fotossíntese e, ainda por cima, aprisionando calor o bastante para derreter o gelo presente no solo marciano.

Daí viria a água líquida necessária para criar verdadeiros oásis vegetais no planeta vermelho, tornando viável uma atividade essencial para a sobrevivência humana fora da Terra: a agricultura. Todos esses efeitos seriam possíveis através de uma camada de aerogel composta 97% de ar e o restante de sílica, mineral mais abundante da crosta terrestre, encontrada em rochas e na areia.

Aerogel é um tipo de material com propriedades bastante especiais. É um sólido poroso produzido a partir de um gel, mas com a parte líquida trocada por um gás. Assim se cria um bloco sólido com densidade muito baixa, ótimo para uso como isolante. A aplicação de revestimentos à base de aerogel de sílica não resolve todos os problemas que ainda impedem missões tripuladas ou a colonização de Marte. Só que seria de grande ajuda para criar pequenas estufas verdes no planeta vermelho.

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Dentro desses ambientes controlados, organismos fotossintetizantes poderiam prosperar e viver em simbiose com os seres humanos, como na Terra. Bastaria cobrir a área desejada com tecidos de dois a três centímetros do material. Não é uma solução grandiosa como as que vemos na ficção científica, que envolvem a terraformação do planeta inteiro — ou seja, fazer obras e processos de dimensões planetárias para deixar Marte com a cara da Terra.

A ideia é mais modesta, mas nem por isso menos relevante. Pelo contrário: justamente por ser mais “pé no chão”, mostra que é possível construir pequenos ambientes habitáveis em Marte, mesmo com a tecnologia disponível atualmente. Os resultados da pesquisa feita por cientistas da Universidade de Harvard e do Caltech, nos EUA, e da Universidade de Edimburgo, na Escócia, foram publicados em um artigo da revista Nature Astronomy.

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