Clima de pureza achado no gelo
Os meteorologistas procuram testemunhos do clima do passado para com eles estabelecer hipóteses sobre o clima do futuro.
Os meteorologistas procuram testemunhos do clima do passado para com eles construir modelos matemáticos a partir dos quais se já possível fazer hipóteses sobre o clima do futuro. Em busca do tempo perdido, os cientistas descobriram um valioso aliado- o gelo. Recentemente, uma equipe dirigida pelo suíço Hans Oeschger abriu buracos no subsolo antártico e retirou dali cilindros de gelo contendo uma raridade: bolhas de ar de 70 mil anos aprisionadas a 200 metros de profundidade.
Ao se analisar a composição desse ar semelhante ao respirado pelos primeiros homens anatomicamente modernos, constatou-se que havia nele 220 ppm (partes por milhão) do perigoso gás carbônico. Era bem mais puro, portanto, que o de hoje com suas 350 ppm desse gás. Segundo o meteorologista Luiz Carlos Molion, do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), não há dúvida de que a poluição contribui para esse aumento ameaçador. Mas só uma análise rigorosa poderá revelar quanto do acréscimo de gás carbônico resultou da tendência natural do clima e quanto foi causado pelo homem
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