Os ratos são de longe os mais contumazes freqüentadores dos laboratórios. Cientistas fazem deles gato (ops!) e sapato. E descobrem coisas tão fascinantes quanto inúteis. Uma pesquisa do Centro para Aprendizado e Memória do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o MIT, nos Estados Unidos, mostrou que, assim como nós, os roedores sonham. Outra experiência, do The Amgen Institute, em Toronto, Canadá, resultou na criação de super-animais, que não sofrem nenhuma dor, nem quando submetidos a longas sessões de tortura.
Matthew Wilson descobriu que os ratos sonham ao monitorar a atividade cerebral dos bichinhos. Segundo ele, os testes provaram que é possível perceber se os sonhos estão ligados a experiências reais ou não. Para estimular as percepções, o doutor Wilson e sua equipe fizeram as cobaias correr ao longo de um labirinto circular. No final da brincadeira, todos ganhavam comida como recompensa. Os cientistas monitoraram o cérebro dos animais durante a atividade. Depois, repetiram o procedimento quando eles estavam num estágio de sono profundo. A grande novidade foi perceber que os dados obtidos nas duas etapas foram bem parecidos. Tanto é assim que os pesquisadores concluíram que os ratos sonharam com o labirinto…
Já os cientistas canadenses modificaram um camundongo geneticamente e criaram um animalzinho que não produz uma proteína conhecida pela sigla em inglês Dream (em português, sonho). Acredita-se que, apesar do nome, ela seja a responsável pela sensação de desconforto físico. Josef Penninger e sua turma massacraram o rato… que não está nem aí.