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Como os gatos caem em pé?

Passo a passo, manobra por manobra, entenda como os gatos sobrevivem a grandes tombos

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h39 - Publicado em 20 abr 2012, 22h00

Texto Clarissa Amorim

Não foi à toa que eles ganharam a fama de ter 7 vidas. Na evolução dos felinos, venceram o páreo aqueles que, entocados em galhos, conseguiam dar grandes saltos para caçar pássaros e chegar ao chão em segurança. Essa pressão evolutiva fez os gatos desenvolverem mecanismos sofisticados de equilíbrio e amortecimento. A ação é tão rápida que basta que a queda de costas seja no mínimo a 60 centímetros do chão para que os bichanos se virem completamente para aterrisar com as 4 patas. Já a altura máxima do tombo que um gato consegue suportar, só a sorte pode dizer. O recorde pertence a Andy, um gato da Flórida (EUA), que nos anos 1970 sobreviveu a uma queda do 16º andar de um prédio (cerca de 60 metros). O curioso é que em alguns casos, quanto maior a altura, maiores as chances de uma boa aterrissagem. “Em quedas superiores a seis andares, os gatos conseguem se virar para uma postura de queda livre, com as patas abertas para aumentar o atrito com o ar e minimizar o impacto”, afirma Archivaldo Reche, professor de veterinária da USP. O que não quer dizer que o bichano não vá se machucar ou até morrer, seja de que altura cair. Afinal, por mais resistentes que sejam, eles só têm mesmo uma vida.

À prova de choques
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O reflexo corretivo ajuda o gato a virar o corpo em segundos e amortecer o impacto

1. Todo mamífero possui um sistema de orientação chamado vestibular, que fica dentro do ouvido. O dos gatos tem uma sensibilidade acima do normal. Um aumento de pressão na região funciona como alerta quando identifica que a cabeça não está na posição correta.

2. O cérebro interpreta as informações e manda sinais elétricos para o aparelho locomotor. Os músculos recebem o comando para virar o corpo. A cabeça é a primeira parte a girar em busca de equilíbrio.

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3. Em seguida o gato gira a porção superior do tronco. Ele só consegue fazer isso antes do resto do corpo porque os ombros não são fixos ao esqueleto principal – gatos não têm clavícula. As patas dianteiras se estendem e espalmam. Elas ajudam a proteger a cabeça do impacto e também auxiliam na orientação.

4. Chega a hora de alinhar a outra parte do tronco. As patas traseiras giram para se alinhar à parte da frente.O rabo funciona como uma cauda de avião, que ajuda a dar estabilidade na rotação do corpo.

5. A coluna é arqueada e as patas se estendem para aumentar o atrito com o ar. A postura serve como uma espécie de planador, diminuindo a velocidade com que o gato chega ao chão.

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6. Na aterrissagem, seu tamanho pequeno e seus ossos leves também ajudam a reduzir a velocidade com que atinge o solo. Em queda livre, gatos chegam a alcançar a velocidade média de 100 km/h – metade da velocidade terminal do corpo humano.

Gatos ilustres: Towser a caçadora

Guardiã da destilaria de uísque Glenturret, na Escócia, ela protegia os galpões de cevada contra roedores oportunistas. Segundo o Livro Guinness dos Recordes, Towser matou exatamente 28 899 ratos. O segredo? Talvez umas gotinhas de uísque que os donos colocavam em seu leitinho.

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