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Conheça Sabrina, a “nova Einstein”

Na adolescência, Sabrina Pasterski se divertia construindo aviões. Hoje, impressiona o mundo da física com os seus estudos sobre buracos negros.

Por Felipe Sali
Atualizado em 13 mar 2018, 12h12 - Publicado em 9 mar 2018, 20h22

Ela não tem Twitter e mal atualiza a sua conta no Facebook. Se você procurar o seu nome no Instagram, irá encontrar uma conta cujo a descrição do perfil é: “Não sou a real Sabrina, pois ela provavelmente está ocupada fazendo alguma coisa incrível”. E é verdade. Sabrina Pasterski tem apenas 24 anos e está prestes a se tornar PhD em Harvard estudando um dos assuntos mais desafiadores da física: buracos negros e a natureza da gravidade e do espaço-tempo. A forma como está lidando com o tema fez com que o corpo docente da instituição afirmasse que estão trabalhando com “a nova Einstein”.

Filha de pai americano e mãe cubana, Sabrina nasceu em Chicago onde estudou numa escola para crianças superinteligentes. Em 2013, foi a primeira mulher em duas décadas a formar-se em física no MIT entre os melhores da turma. Stephen Hawking citou o trabalho de Pasterski mais de uma vez em um paper publicado em 2016. Jeff Bezos, fundador da Amazon, vestiu a camiseta de fã da menina e a convidou para trabalhar na Blue Origin, empresa de astronáutica da qual é dono. Onde? Onde ela quisesse, o importante é ter uma mente assim por perto. A NASA não quis ficar para trás e fez uma proposta parecida. Ela recusou ambas, quer focar nos estudos por ora.

Sabrina apareceu para o mundo aos 14 anos, quando bateu na porta do MIT para receber o aval e reconhecimento do avião monomotor que projetou e construiu com as próprias mãos, além de ter feito 300 modificações no design para torná-lo mais seguro do que outros modelos similares.

Ela se tornou a mais jovem projetista da história dos EUA. Como se isso não fosse o bastante para deixar a imprensa insana, pouco depois outro recorde foi quebrado – a de piloto de testes mais jovem. Sim, Sabrina pilotou o próprio avião. Todos os jornais que noticiaram o acontecimento destacaram o fato de que, à época, ela ainda não tinha carteira de motorista.

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Da matéria de capa da Forbes ao Ted Talks, todo mundo queria saber um pouco mais sobre a vida da menina prodígio. Se entregar aos holofotes seria uma escolha fácil e sedutora, mas não foi o que aconteceu. Depois de um rápido período de exposição, Sabrina deixou de conceder entrevistas. O seu site oficial tem uma justificativa no mínimo humilde: “Sou apenas uma universitária. Tenho muito a aprender. Não mereço a atenção”. Não é bem verdade, mas talvez tenha sido melhor assim. A imprensa já tinha chegado naquela irritante fase em que começa a perguntar sobre namorados.

Deixem a moça trabalhar, colegas. Ciência, como Sabrina já aprendeu, não se faz sob holofotes.

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