“Cutucar o nariz pode aumentar risco de Alzheimer, diz estudo”. Não é bem assim…
Essa manchete correu o mundo – mas se baseia em uma experiência totalmente furada. Veja por que.
O que a notícia dizia:
Esse hábito pouco higiênico (mas bem comum) pode infectar as vias nasais com a bactéria Chlamydia pneumoniae, que é capaz de se propagar pelo nervo olfatório e chegar ao cérebro, onde provoca a formação de placas de proteína beta-amiloide, um elemento associado à doença. Foi o que descobriram cientistas da Griffith University, na Austrália.
Qual é a verdade:
O tal estudo (1) é furado, por duas razões. Primeiro, ele foi feito em ratos – e ratos não desenvolvem Alzheimer. Segundo, as placas de proteína beta-amiloide não são necessariamente a causa da doença em humanos. Em uma análise feita nos EUA com 1.671 idosos, 41% dos voluntários acima de 80 anos apresentavam essas placas no cérebro – mas nenhum deles tinha Alzheimer (2).
Leia também: O enigma do Alzheimer
Fontes 1. Chlamydia pneumoniae can infect the central nervous system via the olfactory and trigeminal nerves and contributes to Alzheimer’s disease risk. J Ekberg e outros, 2022. 2. Prevalence and outcomes of amyloid positivity. R Roberts e outros, 2018.
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