Em vez do apocalíptico choque de um meteorito gigante contra a Terra, uma lenta agonia por falta de ar. É a teoria que pretende explicar o desaparecimento dos dinossauros, apresentada num congresso recente da Sociedade Geológica da América. Quatro pesquisadores americanos acreditam que há milhões de anos o teor de oxigênio no ar caiu bruscamente e isso levou os grandes répteis à extinção. A quantidade de oxigênio foi medida em microscópicas bolhas de ar encapsuladas em âmbar (uma resina fóssil vegetal). A experiência mostrou que no tempo em que os dinossauros viviam, o teor de oxigênio do ar era de 35%; quando esse índice baixou para 28%, foram extintos. Os demais participantes do congresso receberam a novidade com ceticismo: o âmbar é poroso, não consegue reter gases por muito tempo e assim o ar antigo daquelas bolhas já teria sido substituído por outro. Sobrou uma certeza: mesmo que conseguisse reproduzir dinossauros a partir de pedacinhos de DNA conservados no mesmo âmbar, o cineasta Steven Spielberg não poderia montar seu Parque Jurássico. Os enormes bicharocos não resistiriam ao novo ar, este que respiramos, com apenas 21 % de oxigênio.