Uma equipe de vinte físicos do Centro do Acelerador Linear de Stanford, nos Estados Unidos, conseguiu na prática o que até agora só era possível em teoria: tirar matéria da luz (veja o infográfico ao lado). Eles usaram raios laser com potência de 500 bilhões de watts – o equivalente a uma lâmpada doméstica acesa por habitante do planeta. O laser foi comprimido por raios gama, outro poderoso tipo de luz, que é invisível. A cada quatro esbarrões entre os fótons, que são as partículas que compõem a luz, a energia concentrada num único ponto foi suficiente para criar um elétron e um antielétron, também chamado de pósitron. Os pesquisadores dizem que agora vão entender melhor o que acontece nas estrelas de nêutrons – que são superdensas e podem estar gerando elétrons e pósitrons a partir de luz em sua superfície.
Energia espremida gera elétrons
Veja como o choque entre partículas de luz produz um elétron e um antielétron.
1. Um feixe de laser (luz visível) é jogado contra um feixe de raios gama (luz invisível).
2. Os fótons (partículas de luz) do laser se chocam contra os fótons de raios gama.
3. A energia espremida na trombada entre quatro fótons fabrica um elétron e um pósitron (antielétron).