Há quem enfrente sacrifícios para conquistar a amada, mas o caso dos elefantes-marinhos da América do Norte é radical. Os machos da espécie viajam quase 5 000 quilômetros para ter a chance de arranjar uma parceira, como revelou uma pesquisa da Universidade da Califórnia. É que as fêmeas preferem os bichos grandões – 90% dos machos são preteridos por ser magros demais. Por isso, todos tentam engordar e passam meses longe de casa procurando comida. Muitos morrem, porque são presas dos tubarões-brancos. “Assim, enquanto as fêmeas vivem de dezoito a vinte anos, eu não sei de nenhum macho que tenha durado mais que catorze“, disse à SUPER o biólogo Burney Le Boeuf, que participou da equipe. Para chegar a esses resultados, os pesquisadores colocaram transmissores nos animais e rastrearam-nos por quatro anos.
O regime do elefante
Alguns elefantes-marinhos viajam 4 800 quilômetros para procurar comida.
Compare as freqüentes viagens dos machos (linhas vermelhas) com os deslocamentos bem mais discretos das fêmeas (linhas azuis).