É possível curar o câncer?
Drogas antiangiogênicas, terapia genética, proteínas e vacinas continuam sendo apenas promessas.
Bruno Vieira Feijó
“As pesquisas são todas louváveis e há progressos, mas não acredito, para breve, em uma cura próxima de 100%. Os casos são tão diversos entre si que, muitas vezes, as semelhanças entre dois tumores de pulmão se reduzem apenas ao fato de eles estarem no mesmo lugar. Drogas antiangiogênicas, terapia genética, proteínas e vacinas continuam sendo apenas promessas.”
Christian Ottensmeler, médico-membro da Cancer Research UK, uma das mais prestigiadas ONGs de pesquisas sobre o câncer no mundo.
“O câncer tem cura. Se o paciente tomar remédios, a doença pode estacionar. Não temos a pretensão, como tínhamos no passado, de ter um remédio que possa destruir a doença de uma vez por todas, e sim de permitir que os pacientes convivam com sua doença, como fazem os diabéticos e os hipertensos.”
Fernando Medina, diretor do Centro de Oncologia de Campinas, referência nacional no diagnóstico e tratamento do câncer.
“Estamos próximos. Nosso objetivo agora é entregar ao paciente um perfil exato de sua doença, não um diagnóstico genérico. Mas esse é apenas o começo do processo – desenvolver uma droga anticâncer para ser vendida na farmácia é algo que pode levar pelo menos mais 10 anos de testes.”
Herbert Weissbach, diretor do centro de Biologia Molecular da Universidade Atlantic, na Flórida (EUA).