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Eclipse pode ter efeitos especiais

Eles apareceriam na cor da Lua, durante a ocultação, devido à atividade recente de alguns vulcões.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 23 fev 2017, 19h21 - Publicado em 4 jul 2009, 22h00

Augusto Damineli Neto

Na madrugada do dia 29, a Lua passa por um eclipse total relativamente longo: deve durar cerca 3,5 horas. A lua entra na penumbra, mais clara, a 1h27, mas só de nota o eclipse quando ela entra na região da umbra, mais escura, às 2h40. A sombra da Terra cobre mais e mais a Lua, tornando-a parecida com a fase crescente, até que fique totalmente encoberta às 4h02. Aí começa a fase total do eclipse, que termina às 4h50. no período seguinte, que termina às 6h12, ela sai da umbra, parecendo estar em fase minguante. Essa é a situação normal, igual à de outros eclipses.

Estamos, entretanto, num período posterior à erupção de alguns vulcões, o que pode provocar efeitos especiais. Um deles é a deformação do perfil circular da sombra da Terra, nas fases parciais do eclipse. Em junho do ano passado, por exemplo, viu-se, em alguns momentos, uma sombra quase reta cujas bordas se dobravam em ângulos de 90 graus, à maneira de dois cifres. Forma semelhantes foi registrada em 3 de agosto de 1887, um ano depois da erupção do Tarawera na Nova Zelândia. Em 4 de outubro de 1884, um ano depois da explosão do Krakatoa, a sombra adquiriu uma protuberância no centro, como se fosse a projeção de uma gigantesca montanha terrestre.

Outro ‘efeito associado’ comum é a mudança de cor dos eclipses: a luz do Sol, ao penetrar na atmosfera da Terra, sofre refração, ou é forçada a curva-se, e é jogada para dentro do cone de sombra. Assim, acaba iluminando fracamente a face da Lua. A cor do eclipse reflete o estado da atmosfera terrestre: ela pode estar associada à dispersão de materiais vulcânicos. Os eclipses totais são classificados pelos chamados índices de luminosidade de Danjon, designados pela letra L. Veja a seguir como dar valor a L.
L = 0 – muito escuro, Lua quase invisível na fase de totalidade. L = 1 – cinza ou marrom detalhe da sombra quase invisível. L = 2 – vermelho profundo, muito escuro no centro com anel mais claro. L = 3 – vermelho-claro no centro, com anel brilhante ou azulado.
Se você conseguir classificar esse eclipse, envie seus dados para o grupo que coordena a coleta desse tipo de informação: Roger Sinott , Sky & Telescope, P.O. 9111, Belmont, Mass. 02178 USA. Anote o instante de observação, localização geográfica, condições do céu e instrumento se tiver usado.

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Localize possíveis planetas em formação

Essa oportunidade surgiu com a descoberta recente de um disco protoplanetário em torno da famosa Fomalhaut – estrela Alfa do Peixe Austral (magn.1,2). Fácil de achar a sudeste de Saturno, no inicio da noite, ou nas noites de 21 e 22, a sudeste da Lua, Formalhaut pode não ter nenhum planeta, mas a presença de um disco de poeira com 60 bilhões de quilômetros de diâmetro à sua volta sugere que ali pode estar a se formando um sistema solar. É incrível que isso possa estar acontecendo relativamente perto da terra: 23 anos luz (1 ano-luz são 9,5 trilhões de quilômetros). Isso é menos da metade da distancia de Beta Pictoris, onde há um disco semelhante.

Leonídeos vão reeditar seus shows?

Eles ocorrem entre os dias 10 e 24 de novembro, com um pico no dia 17. Produzidos pelo mergulho da Terra na esteira de fragmentos do cometa Tempel, os meteoros Leonídeos, no fim do século passado, produziram duas intensas chuvas, uma de mil e outra de 10 000 meteoros por hora. Não se espera que isso se repita em novembro, mas nunca se sabe: a ejeção de material pelos cometas é imprevisível. Escolha um local fora da cidade e às altas horas da madrugada procure a constelação do Leão, ou simplesmente fique olhando para os lados do leste.

A Lua entre Júpiter e Vênus

No dia 12, o satélite da Terra Ganha a companhia fugaz de uma dupla particularmente Brilhante: Vênus e Júpiter. Afastando-se um do outro, eles ainda estão bem juntos depois do encontro cerrado de 0,5 graus que tiveram no dia 8. A reunião só pode ser vista para quem estiver de olho no céu às 5h15 Ou seja, uma hora antes do nascer do Sol.
Planetas

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Mercúrio: visível pela manhã, na ultima semana (magn. -0,5).
Vênus: nascer um pouco antes do Sol, difícil de se ver.
Marte: se põe logo depois do Sol, difícil de se ver.
Júpiter: nasce um pouco antes do Sol, difícil de se ver.
Saturno: visível em Capricórnio até a meia-noite (magn. 0,7)
Urano, Netuno e Plutão: não são visíveis a olho nu.

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