Desde a década de 50, os químicos e físicos do mundo inteiro estão correndo atrás de uma explicação para o estranho fenômeno da sonoluminescência, que produz uma grande quantidade de luz a partir de ondas sonoras que atravessam um líquido. Imagine um jarra cheia de água atingida por ondas de ultrassom, como as que são usadas em exames durante a gravidez. De repente, começam a aparecer pequenas bolhas que, logo em seguida, sem nenhum motivo aparente, explodem e emitem um brevíssimo raio de luz. Sabe-se que o som é capaz de exercer pressão e elevar a temperatura no interior das bolhas a até 7000 graus, 2000 a mais que na superfície do Sol. O problema é que isso não é suficiente para explicar a emissão de luz. Para que isso acontecesse, a temperatura teria de chegar a milhões de graus. O trabalho dos pesquisadores é tentar imaginar que tipo de mecanismo estaria ampliando a ação do som muito além do que se poderia esperar.
Bolhas mais quentes do que o Sol
As bolsas de ar dentro da água armazenam imensa quantidade de energia
As ondas de som atravessam a água, fazem pressão sobre as moléculas e criam pequenas bolhas. As moléculas de ar no centro de cada bolha se aquecem, aumentando a pressão lá dentro. De repente, a bolha explode e emite a luz. Não se sabe explica o porquê disso.