Até o final do ano, cientistas da Unicamp e da Academia de Ciências da União Soviética estarão realizando experiências simultâneas parte em Campinas e parte na estação orbital Mir. O objetivo é medir a radiação cósmica, causada pela atividade solar, na área da chamada anomalia magnética brasileira – que vai do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul. Nessa região, a intensidade do campo magnético terrestre é a mais fraca do mundo – o que permite que as partículas de radiação penetrem mais facilmente na baixa atmosfera. Para captar a quantidade de partículas e assim medir a radiação, dois balões de fabricação soviética vão partir de Campinas, chegando a 40 quilômetros de altitude. Seis meses após o lançamento, os brasileiros poderão comparar os resultados com as medições feitas pela Mir e estabelecer a influência da atividade solar na atmosfera da região da anomalia magnética.