Depois de 3 000 anos extraindo drogas de plantas terrestres, o homem está descobrindo os oceanos. Dos 10 000 produtos testados a cada ano pelos laboratórios, 2 500 são extraídos de bactérias, esponjas, moluscos, estrelas-do-mar e outros organismos marinhos. Os principais alvos dos pesquisadores são as toxinas que esses seres liberam para se defender dos predadores e para atrair o sexo oposto.
Para se ter uma idéia da importância do mar, as seis substâncias mais promissoras para o tratamento do câncer, atualmente em testes nos Estados Unidos e no Canadá, foram colhidas na Ilha de Palau, no Oceano Pacífico.
Mas exploração de drogas debaixo d’água não é uma empreitada barata. Custa duas vezes mais do que em terra firme. O problema é que os recursos terrestres estão se esgotando. Entre as raras exceções encontra-se o cogumelo Royal agaricus, cultivado no Brasil. Ele chamou a atenção do imunologista Mandooh Ghoneum, da Universidade da Califórma Ghoneum, que desde 1994 pesquisa o cogumelo, explicou à SUPER que ele vem apresentando bons resultados no combate ao câncer. Age aumentando a produção de células assassinas, a defesa natural do organismo humano contra a doença.