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Fotógrafa registra ave marinha alimentando filhote com bituca de cigarro

Imagens feitas em praia na Flórida escancaram o quanto a poluição causada por humanos afeta seres vivos pelo planeta.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 5 jul 2019, 19h29 - Publicado em 5 jul 2019, 19h20

Está cada dia mais difícil ignorar o estrago que a humanidade tem provocado no meio ambiente. Estudos mostram que a poluição de plásticos e substâncias tóxicas já chegou até os pontos mais isolados da Terra, e registros de diferentes animais marinhos sufocados por lixo são uma realidade desoladora e comum. Novas fotos que viralizaram na internet mostram uma cena flagrada nos Estados Unidos que traduz isso de forma chocante. 

Em uma praia da Flórida, uma ave marinha tentava dar de comer ao seu filhote, sem saber que em seu bico não havia um peixinho ou camarão, que fazem parte de sua dieta — mas sim uma bituca. O momento foi capturado pelas lentes da fotógrafa Karen Mason, voluntária da National Audubon Society que ajuda a educar as pessoas sobre as aves durante o verão.

Mason postou as duas fotos em sua página Facebook: uma delas mostra a mãe dando o resto de cigarro ao passarinho e está com mais de mil compartilhamentos, já a outra, onde o filhote carrega o resíduo, foi compartilhada quase 500 vezes. A pobre família pertence à espécie Rynchops niger, que no Brasil é chamada popularmente de talha-mar. Seu nome popular é referência à forma como a ave marinha obtém sua comida, que também explica o porquê da bituca.

Esses animais sempre usaram uma estratégia de caça “às cegas”, em que o pássaro faz voos rasantes sobre as águas com a mandíbula de baixo “cortando” a superfície. Quando o bico inferior toca alguma coisa, qualquer coisa, o de cima fecha na hora. É um movimento automático e o bicho não sabe o que pegou. No passado, quando o mar abrigava apenas seres vivos, a refeição surpresa era uma boa. Mas a tática já não é mais vantajosa.

Com o oceano aos poucos virando um grande lixão pelos hábitos insustentáveis dos seres humanos, pode-se dizer até que o método se tornou extremamente arriscado — ou mortal. Sobre as imagens, Mason falou ao site ScienceAlert: “Quando tirei a foto eu sabia que não era um peixe, mas só fui descobrir que era um cigarro depois de chegar em casa e descarregar o arquivo no meu computador”, relata a fotógrafa.

Ela logo percebeu o potencial de suas fotos. “Fiquei horrorizada e postei em alguns sites de fotografia e conservação que uso no Facebook”, disse. Todo tipo de lixo é prejudicial, mas as bitucas de cigarro são particularmente terríveis: além de levarem anos para se decompor, liberam químicos nocivos como nicotina e arsênico. “Está na hora de limpar nossas praias e parar de tratá-las como um cinzeiro gigante”, disse Mason. 

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