Já se foi o tempo em que não deixar impressões digitais era meio caminho andado para um criminoso ficar impune. Primeiro na Inglaterra, depois nos Estados Unidos, a polícia está recorrendo à chamada impressão digital genética para achar o seu suspeito. Trata-se de uma técnica desenvolvida há dois anos, que consiste em identificar a seqüência de cromossomos contidos na molécula DNA de uma pessoa. O DNA – ácido desoxirribonucléico – traz as características individuais de cada ser vivo. Assim como não há duas pessoas com a mesmíssima impressão digital, não há duas pessoas com a mesmíssima seqüência de DNA.
Uma série de procedimentos complexos permite retratar a seqüência de uma pessoa a partir de qualquer tecido do corpo ou de uma gota de sangue. A impressão digital genética tem uma peculiaridade: herda-se metade da mãe e metade do pai. Por isso foi utilizada, desde a descoberta, para determinar a paternidade em processos judiciais – sendo um método mais preciso que os antigos testes de sangue. Nos últimos meses, começou-se a lançar mão da impressão digital genética para investigar os casos em que os criminosos deixam marcas no dos dedos. Afinal, um mero traço de sangue pode ser uma pista infalível para condenar ou absolver um acusado.