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Ilhas Marshall, onde EUA realizaram testes nucleares, são 10 vezes mais radioativas que Chernobyl

67 bombas atômicas foram detonadas lá, durante mais de uma década. E os efeitos permanecem.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 17 jul 2019, 18h49 - Publicado em 17 jul 2019, 18h31
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  • Depois de lançar bombas atômicas nas cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945, pondo fim à Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos não pararam: eles optaram por testar mais armas nucleares. Alguns desses testes ocorreram nas Ilhas Marshall, um arquipélago entre o Havaí e as Filipinas que havia sido ocupado pelo Japão e passou a ser administrado pelos EUA após a guerra. A partir de 1946, os americanos detonaram 67 armas nucleares lá, ao longo de 12 anos.

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    Agora, uma equipe de pesquisadores da Universidade Columbia, em Nova York, após estudos acerca da radioatividade naquelas ilhas, chegou a uma conclusão alarmante: alguns locais como os atóis Bikini e Enewetak são hoje mais radioativos que Chernobyl e Fukushima, embora tenha se passado mais de 60 anos após o fim dos testes nucleares.

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    Em um dos experimentos, a equipe mediu os níveis de plutônio-239 e -240 no solo, e constatou que algumas das ilhas tinham níveis entre 10 e 1.000 vezes maiores do que aqueles em Fukushima (onde um terremoto e um tsunami levaram ao derretimento de reatores nucleares) e 10 vezes superior aos da zona restrita de Chernobyl.

    Ao todo, os pesquisadores analisaram a radiação em 11 ilhas. De acordo com os resultados, os níveis de radiação gama foram significativamente elevados no Atol de Bikini, na Ilha Enjebi no Atol de Enewetak e na Ilha Naen no Atol Rongelap, em comparação com uma ilha no sul das Ilhas Marshall que os cientistas usaram como controle.

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    Os pesquisadores também descobriram que as ilhas de Runit e Enjebi, no atol de Enewetak, bem como nas ilhas Bikini e Naen eram as mais contaminadas de todas. Faz sentido: Enewetak abrigou o primeiro teste para se chegar a uma possível bomba de hidrogênio (fusão nuclear), com o codinome Ivy Mike, em 1951. Além disso, o maior teste de uma bomda de fusão nuclear aconteceu no Atol de Bikini – foi a bomba Bravo, testada em 1954, que era mais de 1.000 vezes mais poderosa que a Little Boy, arma que dizimou Hiroshima. A contaminação não prejudicou apenas os atóis Bikini e Enewetak, mas deixou doente também quem vivia em ilhas próximas como Naen.

    Em outra análise do estudo, usando mergulhadores profissionais, a equipe descobriu que a cratera que se formou embaixo do mar por conta da explosão da Bravo ainda possui níveis bem elevados de vários isótopos radioativos como plutônio-239 e -240, amerício-241 e bismuto-207.

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    Por último, os pesquisadores testaram mais de 200 frutas – entre cocos e o fruto da árvore pândano, típica da região. Os níveis de césio-137 estavam preocupantes em grande parte dos alimentos vindos dos atóis Bikini e Rongelap, pois tinham níveis de radioatividade superiores aos considerados seguros por vários países e organizações internacionais.

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